O técnico italiano Cesare Prandelli aproveitou a entrevista coletiva que é obrigado a dar na véspera das partidas da Copa para reforçar a campanha pela parada técnica, para que os jogadores possam se hidratar durante o jogo desta sexta-feira, entre Itália e Costa Rica, na Arena Pernambuco, que começará às 13 horas, no Recife. Ele deixou claro que é contra o critério adotado pela Fifa, segundo o qual o árbitro decide 90 minutos antes da partida se irá interromper o duelo uma vez em cada tempo.
“Aqui o clima muda em dez minutos. Quando nosso treino acabou, por volta de 13h20, havia nuvens e a temperatura era de 29 graus, com 60% de taxa de umidade. Mas dez minutos depois, sem nuvens, já fazia muito mais calor. O árbitro precisa sentir as condições durante o jogo e usar o bom senso para decidir. Na minha opinião, é fundamental que os jogadores possam beber água e descansar durante dois minutos nos dois tempos da partida de amanhã (sexta-feira)”, disse Prandelli, após o treino desta quinta-feira no Recife, realizado sob a sensação de térmica de 32 graus.
Os italianos reclamaram de o jogo contra a Inglaterra, em Manaus, não ter tido as paradas técnicas, porque os jogadores dos dois times sentiram muito o calor e a umidade. E, desde então, a delegação da Itália começou a fazer pressão para que, nos seus dois próximos jogos da primeira fase da Copa, que serão às 13 horas (o outro será contra o Uruguai, no dia 24, em Natal), a medida seja adotada. Houve até um contato oficial com a Fifa para fazer essa reivindicação, mas só durante o jogo é que eles vão saber se a gritaria deu resultado.