Cidade do Kuwait – Com praticamente 11 meses de atraso, outro técnico e um time bastante diferente, a seleção brasileira faz hoje, às 16h (de Brasília), o amistoso contra um combinado do Kuwait que deveria ter sido realizado em 15 de novembro passado.
A partida não aconteceu no dia inicialmente marcado porque não se tratava de data Fifa e a entidade não permitiu que o Brasil utilizasse seus melhores jogadores à época – caso de Adriano, Ronaldinho Gaúcho e Kaká -, desfalcando os clubes que lhes pagam os salários. Mas a CBF, em vez de simplesmente cancelar, optou por adiar o amistoso, para não ter de abrir mão do US$ 1 milhão pago pelos árabes.
Por este motivo – os dólares que entram nos cofres -, o Brasil faz hoje mais um daqueles amistosos contra adversários que nada acrescentam tecnicamente. E o Rei Pelé, de novo em paz com a CBF e Ricardo Teixeira, assiste ao jogo no estádio.
Observações
Pelo menos, a partida, a quarta de Dunga no comando da seleção, servirá para o técnico continuar fazendo suas observações. O Brasil de hoje tem poucos atletas da época de Carlos Alberto Parreira. Mesmo assim, o prestígio da seleção continua inabalado no Kuwait.
Ontem, no treino realizado no campo do Kuwait S.C., um clube local – 3 a 0 para o time considerado titular -, houve invasão de campo, gritos histéricos e pedidos desesperados de autógrafos. Ronaldinho Gaúcho e Robinho foram os mais solicitados pelos 4 mil torcedores que assistiram ao treinamento.
Cobrança Também teve cobrança.
Os jornalistas queriam saber os motivos do fracasso na Copa da Alemanha. Lúcio tentou explicar: ?Caímos porque talvez tenha faltado mais luta em campo.?
Luta é o que Dunga quer.
O treinador confirmou o time com Gomes; Maicon, Lúcio, Juan (Luisão) e Adriano; Gilberto Silva, Dudu Cearense, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Fred e Robinho (Vágner Love). A escalação do Kuwait não foi divulgada e nem o trio de arbitragem.