“Nos últimos seis Jogos Olímpicos, tivemos nove modalidades ganhadoras de medalhas. Precisamos manter, claro, e, se possível, ganhar mais nesses esportes, mas nossa preocupação para 2016 é achar mais, novas modalidades para que cresça nosso resultado”, diz Marcus Vinicius, que se formou em economia após deixar as quadras e trabalhou por 16 anos no ramo de seguros.

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“Tem que pensar numa bolsa de ações. As modalidades que te dão resultado, que garantem seu dia a dia, têm que tratar com carinho. Mas também olhamos para frente. Pode (o esporte) não dar resultado na categoria adulta, mas dá no juvenil. Também olhamos a quantidade de medalhas em jogo. Boxe, tiro esportivo tem mais de 50 provas em disputa”.

Nos anos 1970, durante o chamado “milagre econômico’ brasileiro, ficou famosa a frase de um ministro do governo militar que comparou a divisão de renda com “a espera do bolo crescer para depois então dividi-lo”. Filho de militar, nascido em Bento Gonçalves (RS), Marcus Vinicius Freire, jogador de vôlei da geração de prata de 1984, hoje Superintendente Executivo de Esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), defende o trabalho de manutenção e melhoria do “bolo histórico’ de esportes tradicionalmente vitoriosos nos Jogos Olímpicos, como judô, natação, atletismo, futebol e vôlei para então repartir as esperanças do pódio olímpico com outras modalidades.

“As pessoas dizem: “Ah, mas não trouxe medalha’. Mas vai tentar ir para os Jogos. É complicado você chegar, ficar, conseguir o índice, ser finalista. Não é tão simples assim”, diz ele, que ainda espera a aprovação de um orçamento extra para os esportes olímpicos e prefere ainda não fazer prognóstico da meta de medalhas para Londres-2012.

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