O presidente da Portuguesa, Joaquim Alves Heleno, quitou ontem o direito de imagem atrasado dos jogadores. Com medo de que o time caia para a segunda divisão também do campeonato paulista – já havia sido rebaixado no brasileiro – ele próprio se encarregou do pagamento. “Agora só falta acertar o salário do mês de março, que venceu dia 10”, esclareceu o dirigente.
Na verdade, boa parte do elenco estava com um mês de direito de imagem atrasado. Alex Alves e Edson Pelé, que reclamaram da dívida publicamente, mais Rocha, Éder e Ricardo Lopes ainda têm pendências. Nos casos de Lopes e Pelé, salários da gestão anterior, que o presidente alegou desconhecer. Heleno os chamou em sua sala e fez um acordo, prometendo que acertará o que ainda falta em, no máximo, dois meses.
“Ele conversou com a gente e combinou que em abril receberemos duas parcelas e em maio outras duas, sanando a dívida”, revelou Alex Alves. “Sempre confiamos no presidente, o problema é que ninguém da Lusa vinha nos dar satisfações. Complicado, meu mês teve 120 dias.”
Com o dinheiro recebido, em cheque, Alex Alves quitará pequenas dívidas, entre elas o cartão de crédito. “Graças a Deus que ainda não estava recebendo cobranças”, disse. E comemorou. “Estava preocupado, tenho dívida alta que vence nestes próximos dias.”
Assunto resolvido com os jogadores, o clube trabalha, também, para recuperar nos tribunais uma vaga na primeira divisão do campeonato brasileiro. Membros do Departamento Jurídico da Lusa, Palmeiras e Gama se reuniram na segunda-feira para traçar a estratégia, junto com o Sindicato dos Clubes de Futebol (Sindbol), para a defesa de seus interesses no STJD, com referência no caso Wendell, que atuou pelo Flamengo de forma irregular. A Lusa já havia contatado o STJD, mas Luís Zveiter indeferiu o pedido e arquivou o processo.
Mas existem outros argumentos. Os clubes contam com relação de 11 jogadores que atuaram de forma irregular. Contudo, apenas cinco serão destacados.