Depois de duas edições de muito sucesso, o nosso Por Onde Anda está de volta nesta parada pra Copa América. Vamos mostrar onde alguns jogadores que passaram em Athletico, Coritiba e Paraná Clube estão – uns bem conhecidos, outros que nem a gente lembrava. Na Europa, na América ou no Oriente, eles seguem batendo sua bolinha. Vamos nessa?
André Lima – Austin Bold-EUA
Quando chegou ao Athletico, o centroavante era sinônimo de gol. Tinha duas passagens boas pelo Botafogo, três anos como artilheiro no Grêmio e em 2015, no ano antes de chegar à Baixada, tinha sido destaque no Avaí. Se olharmos os números dele no Furacão, até que não foram tão ruins, com 14 gols em 49 partidas. Mas não foi suficiente, mesmo com a boa campanha rubro-negra naquele ano, para que ele ficasse. Passou dois anos no Vitória e agora é o matador do Austin Bold, dos Estados Unidos.
Henrique Almeida – Belenenses-POR
De herói a vilão. É um resumo bem manjado, mas explica bem a história de Henrique Almeida no Coritiba. Em 2015, chegou na metade do ano e foi decisivo para a fuga do rebaixamento. Foi tão bem que o Grêmio exigiu seu retorno. Mas após uma temporada ruim em Porto Alegre, o atacante voltou ao Coxa. Mas 2017, apesar dos 12 gols em 47 partidas, deu tudo errado e o time foi rebaixado. Aí ele foi emprestado para a futebol turco e depois para o Belenenses, onde atuou na temporada passada. O nome dele aparece na lista de interesses do Vasco para o segundo semestre.
Keno – Pyramids-EGI
Tem quem nem lembre que o atacante Keno defendeu o Paraná Clube. Foi um período bem curto, com apenas dez partidas e um gol. Ele veio com status de promessa, mas não vingou com a camisa tricolor. Ainda rodou por Santa Cruz, Atlas-MEX e Ponte Preta até realmente explodir no Santinha. De lá foi para o Palmeiras, virando aos poucos fundamental no time mais rico do País. Em 2018 se transferiu para o Pyramids, do Egito, que gastou os tubos pra contratá-lo. Apesar do interesse de vários clubes brasileiros, Keno segue por lá, tendo feito 10 gols em 33 jogos na temporada passada.
Dudu – Al-Ta’ee-SAU
Anote o nome deste clube. Agora tente falar o nome deste clube. Ah, tá, isso não tem nada a ver. Dudu defendeu a equipe da Arábia Saudita na última temporada, jogando a segunda divisão deste país. E teve bom rendimento, marcando oito gols em 15 jogos. Não foi a primeira passagem do meia ex-Coritiba pelo Oriente Médio – em parte da temporada 2018, atuou no Ohod. No Coxa, onde iniciou a carreira, teve poucas chances, a ponto do ex-craque Alex ter cobrado que ele jogasse e não atletas contratados pelo clube.
Morro García – Godoy Cruz-ARG
Sim, Morro García. “A contratação mais cara da história do Athletico”. Quantas vezes você leu ou ouviu essa frase? A chegada apoteótica do atacante uruguaio aumentou a pressão sobre ele, e o resultado foi o que todos lembram. Em números, 16 jogos e apenas dois gols. No ano do rebaixamento rubro-negro para a Série B, ele virou um dos responsáveis, e uma das promessas de campanha de Mário Celso Petraglia foi mandar o atacante embora. Depois de uma passagem relâmpago pela Turquia e períodos no Nacional de Montevidéu e no River Plate-URU, Morro García virou artilheiro no Godoy Cruz, da Argentina – o adversário do Palmeiras na próxima fase da Libertadores. Em quatro temporadas, foram 96 partidas e 42 gols.
Elbis – Zacapetec-MEX
Elbis. A gente não lembrava dele. O lateral jogou no Paraná Clube em 2015. Jogou, convenhamos, é maneira de dizer. Passou é uma palavra mais correta. Ele tinha passado antes pelo time B do Atlético de Madri, pela Pelaponense e pelo Atlético-GO. E, acredite, em 2010 ele também passou no Tricolor e não foi utilizado. No final das contas, Elbis se encontrou no futebol mexicano. Atuou por Deportivo Tepic, Pachuca e está há duas temporadas no Zacatepec, que está na segunda divisão do México.
Marcos Guilherme – Al-Wehda-SAU
A “joia” do Athletico. Quem disse isso do meia-atacante foi Mário Celso Petraglia. Ele foi preservado das críticas o máximo que se pôde, pois o Furacão queria de Marcos Guilherme o que teve de outros jovens jogadores – qualidade em campo e depois uma transferência daquelas para o exterior. Como Otávio e Hernani, por exemplo. E como talvez aconteça com Renan Lodi e Bruno Guimarães. Só que o meia nunca se firmou com a camisa rubro-negra. Atuou em 132 partidas, fez 15 gols e saiu emprestado para o Dínamo Zagreb. Voltou par ao Brasil, mas no São Paulo, onde foi muito bem. E acabou levado por Fábio Carille para o Al-Wehda, da Arábia Saudita. O técnico voltou, mas ele segue por lá.
César Benítez – Sportivo Luqueño
“Mesmo com a passagem de menos de um ano pelo clube, o jogador estabeleceu relações com o Coxa e recebeu mensagens pelas redes sociais de torcedores pedindo que ele voltasse ao time”. É um trecho da matéria da Tribuna do Paraná em 29 de dezembro de 2017, quando o lateral paraguaio voltou ao clube. Segundo dirigentes e torcedores, ele tinha a raça que o Coritiba precisava para voltar à primeira divisão. Mas como só de raça não se vive, César Benítez foi um dos primeiros dispensados pela atual diretoria. No final de maio, ele acertou contrato com o Sportivo Luqueño.
Pitty – Al-Ta’ee-SAU
O Paraná contratou uma defesa pronta em 2016. João Paulo e Pitty vieram do São Bento com a fama de serem zagueiros perfeitos para a disputa da Série B. Pitty jogou 28 vezes naquela Segundona, mas nem ele nem o companheiro se destacaram a ponto de serem muito lembrados pelo torcedor. Assim, continuou sua carreira de ‘caixeiro-viajante da bola’ – ao todo, são 15 clubes em dez anos. Atualmente, defende o Al-Ta’ee, da Arábia Saudita. E foi por isso que a gente avisou pra lembrar desse nome.