Países poderão ser proibidos de receber uma edição de Olimpíada, a começar pelos Jogos de Inverno de 2018, se eles não tiverem leis que permitam que a polícia possa investigar pessoas suspeitas de ajudar atletas a melhorar seus desempenhos por meio de uso de doping. O aviso foi feito nesta segunda-feira pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, que explicou o papel que a polícia deve desempenhar para coibir o doping no esporte.
“Se nós não tivermos a ajuda da polícia, nunca estaremos bem preparados para seguir um quarto, uma bagagem (com possíveis substâncias dopantes), porque nós não podemos emitir um mandado, a polícia pode”, afirmou.
O valor da polícia no combate ao doping, em uma ação em conjunto com o COI, foi mostrado nos últimos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006, em Turim, na Itália, onde policiais invadiram hospedagens das equipes de cross-country e biatlo da Áustria e encontraram grandes quantidades de produtos dopantes. “O que nós queremos é que a polícia possa nos ajudar a reprimir o doping e suas redes”, reforçou Rogge.
O presidente do COI já encarregou o chefe da comissão médica da entidade que dirige o esporte olímpico mundial, Arne Ljungqvist, de preparar uma proposta formal para que as leis se tornem obrigatórias para uma cidade poder concorrer ao posto de sede de uma edição de Olimpíada.
“Nós discutiremos isso no conselho executivo, mas eu espero que isso provavelmente seja colocado em prática a partir de 2018”, disse Rogge. “Eu sou totalmente a favor.”