A meta traçada pelo Comitê Olímpico do Brasil de terminar o Rio-2016 dentro do Top 10 pelo total de medalhas obrigou alguns atletas a mudarem sua preparação. É o caso de Arthur Nory Mariano, que aumentou a carga de treinos na barra fixa pensando em brigar por um pódio que não fazia parte dos planos até um ano atrás.

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“Quando eu fiquei em quarto no Mundial do ano passado e vi, então, que tem a possibilidade de uma medalha. São oito finalistas e todos podem ir ao pódio. O COB quer finais e quer medalhas, então foquei bastante nisso”, conta Nory, de 22 anos.

Cada modalidade tem suas práticas e, na ginástica artística, medalha nem sempre é o mais importante. A partir das pontuações obtidas nos seis aparelhos, a prova de individual geral aponta o “ginasta completo” e um bom resultado nela, mesmo que fora do pódio, pode oferecer um status maior que de uma medalha olímpica.

Mas, pela meta do COB, Nory virou a chave e agora passa mais tempo pendurado na barra fixa. Ao invés a se dedicar mais aos aparelhos nos quais não ia tão bem, seus pontos fracos, passou a focar aquele em já se dava melhor. Conseguiu aumentar a nota de partida para se aproximar dos principais favoritos à medalha.

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“Depois do quarto lugar no Mundial, vi que dá para chegar lá, que eu tenho nível. O Brasil não está para trás. Aumentei alguns décimos na série, então isso que vai me ajudar”, aposta.

No individual geral, ainda não dá para brigar por um pódio. A meta, no Rio, é alcançar até 89 pontos – 90 em um dia “perfeito, perfeito, perfeito”. Tão importante quanto a nota e a classificação final é Nory entrar no Top 10 do mundo. “Quero fazer a final e melhorar todos os resultados deste ciclo. Fiz o 17º lugar (no Mundial) de 2013, 21º em 2014 e 12º em 2016. Quero melhorar cada vez mais”, afirma.

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Um dos trunfos é ter passado o ano livre de lesões, que ainda não havia acontecido no ciclo olímpico. “Estou sabendo controlar. Tem muito problema no meu ombro, mas a gente está trabalhando. Foi um ano que tive dor, só, mas não tive lesão grave. Desde 2013 tinha algo que me atrapalhava. Estou melhor condicionado em relação a isso”, avalia.