A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio embargou uma obra e interditou outras quatro dentro da Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A ação é reflexo da operação que foi batizada de “Aquecimento”, que fiscalizou 35 empresas na semana passada. O motivo da interdição e dos embargos é o “flagrante desrespeito à segurança do trabalhador”.

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Vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a superintendência encontrou uma série de irregularidades nas obras. O caso mais grave é a interdição de uma obra de escavação na vila olímpica. “Nós havíamos interditado na quinta, e mesmo assim no dia seguinte a empresa estava realizando trabalho na obra. Isso é muito grave. Vamos entrar com uma notícia crime”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo o superintendente regional, Robson Leite.

Leite conta que há um grupo de discussões formado pela superintendência que trata exclusivamente das obras olímpicas, e que conta também com representantes da Prefeitura do Rio, do Comitê Rio-2016 e da Autoridade Pública Olímpica (APO). “Dialogamos muito, mas a Prefeitura sistematicamente desrespeita as normas de trabalho. Temos visto uma série de irregularidades nas obras olímpicas.”

Ele lembrou que, até o momento, 11 trabalhadores já morreram em obras ligadas aos Jogos Olímpicos. “É um número absurdo. Na Copa do Mundo, que aconteceu no Brasil inteiro, oito trabalhadores morreram ao longo do processo todo, incluindo obras de metrô, estádios e BRT. E só aqui no Rio já são 11, e mesmo assim as normas seguem sendo desrespeitadas”, frisou o superintendente.

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Segundo ele, para as obras serem desembargadas é preciso que as empresas envolvidas regularizem a situação. Após isso, o MTE tem até 72 horas para fazer uma nova vistoria.