Pouco mais de três meses depois de acertar a realização de um Grand Slam de judô em Brasília neste ano e em 2020, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciou nesta quarta-feira, através de uma nota oficial, o cancelamento dos eventos por falta de recursos. A capital federal receberia a etapa, que vale mil pontos na corrida para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, no Japão, pela primeira vez entre os dias 6 e 8 de agosto.
De acordo com a entidade, a decisão pelo cancelamento foi aprovada na última terça-feira, em uma reunião do Conselho de Administração da CBJ, após serem “esgotados todos os esforços relativos à captação dos recursos necessários e em tempo hábil para a realização do evento”. Diante disso, foi acordado o cancelamento das duas edições do Grand Slam, visto que tornava-se inviável a sua execução.
“A Confederação Brasileira de Judô notificou a Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês) na terça-feira, 16, sobre a decisão de cancelar o Grand Slam de Brasília, previsto para outubro de 2019 e 2020. A decisão foi deliberada e aprovada pelo Conselho de Administração da CBJ em reunião realizada também na terça-feira, 16”, disse a nota.
Esta seria a quinta vez que o evento seria realizado no Brasil – o Rio de Janeiro havia recebido as edições anteriores, sendo a última em 2012.
Na hierarquia das etapas do Circuito Mundial, os Grand Slam só perdem para o Mundial, que dá até 2.000 pontos no ranking internacional, e o World Masters, que dá até 1.800. Como país-sede, o Brasil poderia inscrever até quatro atletas por categoria, ou seja, mais oportunidades para os brasileiros somarem pontos na busca pela classificação olímpica.
Atualmente, o Circuito Mundial conta com etapas de Grand Slam em Paris (França), Dusseldorf (Alemanha), Ecaterimburgo (Rússia), Baku (Azerbaijão), Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos) e Osaka (Japão). Brasília seria o único evento deste porte nas Américas.