Por mais que alguém tente dizer o contrário no estádio Moisés Lucarelli, a Ponte Preta não está mais preocupada com o Campeonato Brasileiro, mesmo prestes a ser rebaixada para a Série B. Ao mesmo tempo disputa as semifinais na Copa Sul-Americana. Penúltima colocada no Brasileirão, com apenas 35 pontos, o time campineiro depende de quase um milagre para evitar a queda. Diante desta situação, o time não deve ter “força máxima” contra o Grêmio, vice-líder com 60, a partir das 17 horas, em Campinas.
Para atingir o “milagre”, a Ponte Preta além de vencer seus três últimos jogos – contra Grêmio e Portuguesa, em casa, e Internacional, fora – terá que torcer por uma série de tropeços de seus concorrentes. O técnico Jorginho voltou a usar o termo que funcionou no começo da semana, antes da vitória de virada sobre o São Paulo por 3 a 1, sobre o São Paulo, no Morumbi, pelas semifinais da Copa Sul-Americana. “Nós temos que trocar o chip. Tirar o chip da Sul-Americana e colocar a do Brasileiro”.
Mas está difícil reverter o verdadeiro encantamento que envolveu os pontepretanos pela Copa Sul-Americana. Tanto que na 34.ª rodada, em casa, a Ponte Preta foi batida facilmente pelo Vitória, por 3 a 0, porque ainda curtia a vitória inédita diante do Vélez Sarsfield, por 2 a 0, na Argentina, pelas quartas de final. “É isso que queremos evitar. Mas é difícil controlar o entusiasmo da torcida e o cansaço de nossos jogadores. Temos acompanhado com nossa equipe física e médica a reação de cada jogador e, por isso, temos mudado as escalações praticamente a cada jogo”, justificou Jorginho.
Uma baixa é certa: o goleiro Roberto. Com uma lesão muscular na coxa direita, ele foi vetado pelos médicos. Em seu lugar entra Edson Bastos. Na defesa, Ferron pode entrar no lugar de Diego Sacoman, que seria poupado. No meio de campo, Adrianinho pode ser a novidade na vaga de Fellipe Bastos ou Elias e no ataque, William pode jogar para recuperar a forma física no lugar de Leonardo.