Pode parecer contraditório, mas ao mesmo tempo em que o técnico Eduardo Baptista garante que a Ponte Preta vai ser um time agudo diante do Coritiba, ele enche de elogios o seu adversário neste domingo às 19 horas, no estádio Couto Pereira, pela 34.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Dentro da zona de rebaixamento, com 35 pontos, só a vitória está nos planos do time paulista.
Mas nos últimos dois dias, Eduardo Baptista falou muito mais do Coritiba do que do seu time. “Vai ser uma parada forte, porque eles vão contar com o apoio da torcida para se distanciar de vez da ameaça do rebaixamento. O time deles é forte com as bolas paradas, sempre saindo dos pés de Carleto, têm ainda o Rildo na velocidade e dois volantes firmes: o Jonas e o Alan Santos. O Coritiba está numa crescente, tanto que empatou com o Fluminense (2 a 2) no Rio de Janeiro”, discursou Baptista.
Todas estas palavras, com certeza, são sinais de que a ideia é priorizar bem a marcação, para depois “impor o nosso jogo com personalidade”. Em relação à derrota em casa para o Grêmio, por 1 a 0, o técnico fez algumas observações, lembrando que seu time criou nove chances reais de gols e que o goleiro gremista, Marcelo Grohe, confirmou a sua grande fase ao praticar “cinco grandes defesas”.
Mesmo assim, o técnico acha que falta um pouco mais de precisão no último passe que pode facilitar a conclusão. Desta forma é que ele pretende ser perigoso no ataque e vencer. Fora de casa, inclusive, é algo raro. A única vitória longe da torcida aconteceu, por coincidência, em solo curitibano. Bateu o Atlético-PR, por 2 a 0, por outra coincidência, o seu próximo adversário na quarta-feira, em Campinas, pela 35.ª rodada.
No primeiro turno, em Campinas, a Ponte Preta venceu o Coritiba, por 4 a 0, no dia 19 de julho, pela 15.ª rodada. A goleada motivou a demissão do técnico Pachequinho, depois substituído por Marcelo Oliveira.
MUDANÇAS – Com relação ao time, duas mudanças são certas. Nino Paraíba, após suspensão, volta na lateral no lugar de Emerson. No meio-campo Jadson vai ocupar a vaga de Fernando Bob, expulso no jogo passado, e que fará parte da segunda linha de marcação ao lado de Naldo, Elton e Danilo Barcelos.
No ataque ficou a única dúvida. Emerson Sheik, que tem mais dificuldade de recuperação física, deve ser opção no banco de reservas ou nem ser relacionado. Há duas opções para substituí-lo. A opção aguda seria o centroavante Léo Gamalho, que tem entrado bem durante os jogos. A alternativa tática seria a escalação de Claudinho, um meia que ajudaria na marcação e também com a missão de encostar em Lucca, que seria o único atacante. Ele é o artilheiro do time na temporada, com 22 gols, 11 deles só no Brasileirão.