A permanência na elite do Campeonato Brasileiro vai garantir ao departamento de futebol da Ponte Preta, em 2016, investimentos 30% superiores aos deste ano. O conselho deliberativo aprovou um orçamento de R$ 43,6 milhões para a próxima temporada, dos quais R$ 31,9 serão destinados exclusivamente ao futebol. Em 2015, o clube contou com um orçamento total de R$ 35,3 milhões, sendo que R$ 23,9 milhões foram destinados ao futebol.

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Este investimento também vai atender ao seu calendário, uma vez que vai disputar no primeiro semestre o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil e, provavelmente, a Copa Sul-Americana. Depois, a partir de maio, disputa a Série A do Brasileiro pelo segundo ano seguido.

Se estes números parecem baixos em comparação aos grandes clubes, são os maiores da história do futebol do clube campineiro. Com a nova meta de investimento, a diretoria comemora o fato de atender às exigências do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), que visa refinanciar as dívidas fiscais do clube com a União.

Em um de seus artigos, o Profut exige que o clube utilize no máximo 80% de suas receitas no departamento de futebol. O clube vai aderir ao projeto do governo para quitar débitos de R$ 10 milhões. Mesmo podendo quitar o valor em até 20 anos, a direção fez o planejamento para liquidá-lo em cinco anos. O valor mensal seria de R$ 40 mil, mas o clube planeja pagar R$ 80 mil mensais, já com dotações em seu orçamento.

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No caso da Ponte, a receita prevista para 2016 é de R$ 45,5 milhões. “O valor que estamos prevendo aplicar corresponde a 71,05% desta receita, nos permitindo ter uma gordurinha necessária para emergências ou um spread final, por exemplo”, explicou o diretor financeiro Gustavo Valio.

A expectativa é de que, com o acréscimo nos investimentos, a Ponte monte um elenco mais qualificado para as disputas do Paulistão e do Brasileirão do próximo ano. Em 2015, por conta das limitações financeiras, o clube optou por fazer mais apostas em jogadores desconhecidos.

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Com um time mais forte, a diretoria espera evitar a tendência de times pequenos e médios suportarem no máximo dois anos na elite nacional. “Desde 2002, quando foram implementados os pontos corridos, 63,3% dos clubes com orçamentos pequenos e médios que sobem para a Série A não permanecem mais que dois anos seguidos”, pontuou o gerente de futebol Gustavo Bueno.