Se a vida de técnico não é nada fácil, imagine então como é complicada a vida de um interino. Zé Sérgio, técnico do time sub-20, assumiu na última quinta-feira o comando da Ponte Preta no lugar de Guto Ferreira e, coincidentemente, após apenas um treinamento tático, confirmou três mudanças na equipe que vai enfrentar o Botafogo. O jogo será realizado neste sábado, a partir das 21 horas, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
A contratação de Silas para assumir o cargo já foi definida. Ele, inclusive, vai assistir ao jogo das tribunas. Mas o Santos, que perdeu Muricy Ramalho, teria entrado na parada e já teria também feito uma proposta oficial pelo técnico.
Parece ter ficado claro que houve dedo da diretoria nas mudanças. E o interino sacou e “queimou” três jogadores: o goleiro Edson Bastos, o lateral-esquerdo Uendel e o volante Magal. Os substitutos serão o goleiro Roberto, o lateral Rodrigo Biro e o meia Roger.
Zé Sérgio evitou comentar a saída de Guto Ferreira no dia seguinte à derrota para o Atlético Paranaense por 4 a 3, em Campinas. Com isso, o time acumulou três derrotas – tinha perdido para São Paulo e Corinthians – e permanece com apenas três pontos, em 16.º lugar. E também não quis explicar os motivos que o levaram a promover as mudanças, tão esperadas por alguns dirigentes.
Ele preferiu falar como o time precisa se comportar para se reabilitar diante do Botafogo. “Temos que ter uma postura agressiva, com uma marcação forte. E marcando mesmo quando não tivermos com a bola nos pés. Isso requer ocupação de espaços para não deixarmos o adversário jogar”.
A Ponte Preta, com certeza, vai ser mais agressivo porque entra o lateral-esquerdo Rodrigo Biro e, no meio de campo, sai o volante Magal para a entrada do meia Roger, de características ofensivas. Mas ele tem que ajudar na marcação, junto com Fernando. Assim, o volante Baraka ficará mais fixo, na frente dos dois zagueiros.
O afastamento de Edson Bastos foi uma decisão do preparador de goleiros alvinegro, André Dias. Ele usou o argumento de que o camisa 1 “está inseguro e precisa de um período de descanso”. Roberto entra no seu lugar.