Ponta-grossense é esperança no atletismo

Quando iniciou sua carreira no atletismo em 2003, Rogério Gonçalves Júnior nunca imaginou que um dia estaria representando, além do Colégio Sepam, sua cidade numa competição nacional da modalidade. Menos ainda, pensava em conquistar uma medalha em campeonato brasileiro. "Pensava comigo mesmo que estava indo lá só para perder tempo", relembra Rogério. Dono de um potencial físico privilegiado, o garoto, com então 12 anos na época, competindo pela primeira vez, surpreendeu os técnicos de atletismo nos JEM -Jogos Estudantis Municipais, ao quebrar os recordes de salto em distância, salto em altura e 75m rasos. Daí para frente as conquistas foram se acumulando, e Rogério se tornou um arrematador de medalhas. Sua primeira oportunidade nacional surgiu em 2003, mas com idade inferior aos adversários ele apenas ficou na 14.º colocação no salto em altura. No ano passado o jovem atleta estava bem preparado, mas uma contusão, duas semanas antes da olimpíada colegial, acabou limitando sua performance, ele ficou com o terceiro lugar, saltando 1m70. Neste ano, antes do embarque para Brasília, ele anunciava: "Vou trazer novamente uma medalha". Rogério tinha previsão de competir em duas provas, salto em distância e salto em altura. No distância ele ficou longe dos 6m60 que havia obtido na fase final dos colegiais em Curitiba. Na capital federal saltou somente 6m05, ficando na sétima colocação. O salto em altura sempre foi sua prova forte, e nele o jovem talento depositava sua maior expectativa. O que ele não contava é que seria escalado para integrar a equipe do revezamento 4x75m, que iria competir paralelamente à prova do salto em altura. "Fiz meu primeiro salto em 1m50, e fui para a pista disputar o revezamento. Quando voltei o sarrafo da altura já estava em 1m65", explica Rogério. Enquanto se recuperava do revezamento, onde conquistou a medalha de bronze, ele quase acabou eliminado ao errar uma vez em seu salto. Porém, recuperou as energias e brigou até onde pode com Lourival Neto, de São Paulo, que acabou ficando com a medalha de ouro saltando 1m90. Rogério Gonçalves Júnior saltou 1m83, ficando com a medalha de prata, e atingindo sua melhor marca pessoal. Sobre seu futuro ele afirma que agora o objetivo é treinar forte, pois em 2006 competirá com atletas dois anos mais velho que ele. "Quero estar novamente em Brasília no ano que vem, e quem sabe disputar alguma competição internacional", esclarece. Para isso, ele retorna aos treinamentos logo após o Natal. Sobre os segredos para brilhar nas pistas, Rogério diz que não há como fugir de determinados sacrifícios. "Deixei de ir em festas com amigos para poder estar bem no dia seguinte treinar forte", finaliza o campeão.

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