Polícia encerra investigações do caso dos ingressos clonados

Com mais três indiciados e a prisão temporária dos acusados prorrogada, a Polícia Civil do Paraná concluiu ontem o inquérito sobre o esquema de falsificação de ingressos revelado no último final de semana. Agora, o caso está nas mãos da Justiça, onde os envolvidos responderão por estelionato e formação de quadrilha.

Marli Terezinha Domakoski, 49 anos, Karla Domakoski, 25, e Kelly Cristini Domakoski, 26, foram indiciadas ontem pelo delegado Marcus Vinícius Michelotto, da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas. Elas são esposa e filhas de Jurimar Domakoski, 50, apontado como principal idealizador do esquema.

Segundo Michelotto, toda a família de Domakoski participava da falsificação. ?Além dele e do filho, que estão presos, indiciamos a esposa e as duas filhas por co-autoria. Todas auxiliavam na produção e falsificação dos ingressos?, afirma o delegado.

Domakoski, representante da empresa BWA, que emite bilhetes para jogos do Coritiba e diversos clubes do país, foi detido no último sábado. Seu filho, Thiago Domakoski, 22, e Anísio Vanderlei Cardoso, 32, acusado de ser o responsável por repassar os ingressos falsos, também estão presos em Curitiba.

No Rio de Janeiro, a polícia paranaense, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil do Rio, prendeu mais duas pessoas. Francisco Polito Júnior, 35, e Bruno César Polito, 30, são acusados de encomendar ingressos falsificados para a venda.

Todos os presos na operação tiveram a prisão temporária prorrogada pelo juiz Pedro Sanson Corat, da Vara de Inquéritos Policiais. Corat foi quem emitiu os cinco mandados de prisão e os seis de busca e apreensão cumpridos no último sábado.

?Com esses novos indiciamentos, estou concluindo o inquérito. Todas as provas apreendidas serão repassadas ao Instituto de Criminalística, para perícia?, diz Michelotto.

Todos os oito indiciados responderão por formação de quadrilha e estelionato. O dono da gráfica onde os ingressos eram falsificados continua foragido.

Barra limpa

Segundo Michelotto, apesar de parte da falsificação ocorrer dentro do Couto Pereira, não havia qualquer participação do Coritiba no esquema. ?Não encontramos nenhum indício de envolvimento do clube ou da BWA?, garante o delegado.

A Delegacia de Estelionato começou a investigar o caso há cerca de dois meses, após denúncia da diretoria do Coxa. Foram apreendidos mais de 5 mil ingressos em branco, de jogos do Coritiba, Flamengo, da final da Libertadores (Fluminense x LDU) e do jogo entre Brasil e Argentina, pela eliminatórias da Copa do Mundo.

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