O Batalhão de Choque da Polícia Militar se reuniu nesta sexta-feira com dirigentes da Federação Paulista de Futebol (FPF), diretores da CET (Companhia de Engenharia de Trânsito) e responsáveis do Corinthians e do São Paulo para informar sobre a estratégia de segurança para o clássico entre as equipes, neste domingo, no estádio do Morumbi.

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O major Ricardo Xavier, responsável pela segurança nos estádios, informou ao Estado que o planejamento será o mesmo de qualquer clássico de final de campeonato. “O posicionamento da diretoria do Corinthians não muda nenhum contexto. Vamos executar o que foi planejado. Dar o tratamento independentemente de qualquer declaração”, disse.

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A reunião é de praxe e acontece antes de qualquer partida de futebol. A PM ainda não consolidou o número de policiais que farão a segurança nos arredores do estádio. Sobre a chegada das delegações, a estratégia de segurança será definida pelo responsável da escolta no momento do deslocamento.

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“É uma informação estratégica que vai depender do cenário. A decisão é do policiamento do momento e não dos clubes. Os clubes informam o horário de saída apenas. Se for viável que cheguem juntos, vai ser assim. Se não der por problemas de deslocamento, trânsito, vamos adotar outra estratégia”, informou o major.

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, reiterou nesta sexta-feira o que enviou por ofício à PM e à FPF: “Se quebrar o vidro (do ônibus), não vamos entrar em campo, pode dar W.O.”, disse. A declaração foi uma resposta ao comentário do presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, Antonio Olim, que afirmou à reportagem que o time alvinegro perderá a partida caso se recuse a jogar.

O responsável pela segurança nos estádios da Polícia Militar também disse desconhecer a informação de que o ônibus do Corinthians é sempre apedrejado na chegada ao Morumbi. “Não temos esse registro. Já tivemos pontualmente situações”.

Os policiais farão a escolta com câmeras para tentar flagrar eventuais tentativas de apedrejamento. “Se identificar o momento, vai realizar a detenção como aconteceu no caso agora do Palmeiras. Caso não consiga de imediato será detido, se não, continuaremos a busca até a localização de quem cometeu o crime”, afirmou.

Dois torcedores do Palmeiras foram detidos após apedrejarem o ônibus do próprio clube na noite da última quarta-feira. Ambos foram liberados na última quinta-feira depois de assinarem termo circunstanciado, registro para crimes de menor relevância.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a ocorrência foi encaminhada para o Juizado Especial Criminal. Os dois foram atuados pelo artigo 163 do Código Penal (Dano) e artigo 41 do Estatuto do Torcedor (Promover tumulto) e devem comparecer perante o juiz.