Depois de ver seu nome envolvido nas acusações de corrupção para a escolha da sede da Copa do Mundo de 2022, o presidente da Uefa, Michel Platini, se colocou favorável à realização de uma nova eleição se houver comprovação das irregularidades. O dirigente, no entanto, garantiu que não se arrepende e ter votado no Catar, que receberá a competição daqui oito anos.
“Foi a opção correta para a Fifa e para o mundo do futebol”, declarou o ex-jogador francês, em entrevista ao jornal esportivo L’Equipe. “Mas se há casos de corrupção comprovados, será necessário que haja sanções e que se faça uma nova votação”, completou.
Um fiscal da Fifa deve encerrar na próxima semana sua investigação sobre a eleição ocorrida em 2010, que escolheu o Catar como sede da Copa em 2022, além da Rússia para o torneio de 2018. De acordo com denúncia do jornal britânico The Sunday Times, um suborno foi pago a dirigentes de diversas federações ao redor do mundo para que votassem no país asiático.
Ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol e um dos principais agentes do futebol do Catar, Mohammed Bin Hammam seria o líder deste esquema. Ele seria o organizador do acordo que teria pago pelo menos US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 11,2 milhões) para a compra dos votos.
O nome de Platini passou a ser envolvido no imbróglio a partir da última segunda-feira, quando outro jornal britânico, o The Daily Telegraph afirmou que o dirigente teria participado de “reuniões secretas” com Bin Hammam pouco antes da eleição de 2010.
Platini admitiu ter se encontrado diversas vezes com Bin Hammam, mas minimizou, ao lembrar que na época ambos eram colegas do Comitê Executivo da Fifa. Ao L’Equipe, o ex-jogador falou novamente sobre o assunto e garantiu que “algo ou alguém” está tentando manchar sua imagem para atrapalhar uma possível candidatura à presidência da Fifa.