Platini defende mudanças no mercado de transferências

O presidente da Uefa, Michel Platini, defendeu nesta sexta-feira uma reforma no marcado de transferências, classificando o atual sistema como um “roubo”. Com o Real Madrid próximo de pagar 100 milhões de euros (aproximadamente R$ 311 milhões) por Gareth Bale ao Tottenham, o dirigente disse que algo precisa mudar.

“Eu acho que as transferências são um roubo”, disse Platini. “Eu acho que é uma oportunidade para muita gente fazer muito dinheiro. Hoje, um jogador é mais um produto do que um jogador, com várias pessoas tentando obter comissões”.

“Nós e a Fifa deveríamos fazer algo e encontrar algo mais saudável. Os jogadores não são mais livres e é isso que nós lutamos há 30 anos atrás. Antes pertencia a um clube, agora você pertence a um grupo financeiro. Eu não acho que isto é justo. Nós estamos olhando para isso e peço para a Fifa também”.

Platini quer que a janela de transferências deve ser encurtada e está estudando a possibilidade de todas as ligas europeias começarem ao mesmo tempo. “Concordo que é muito tempo, mas o mundo inteiro está envolvido e não jogam no mesmo tempo em que jogamos”, disse.

“Os clubes também querem que as transferências terminem antes do início do seu campeonato. O comitê estratégico, incluindo os clubes e ligas, e pediremos para a Fifa olhar para o que propomos e para todas as ligas europeias começarem ao mesmo tempo. Concordo que esta janela é muito longa e vai ter que ser encurtada”, acrescentou.

Apesar de Platini declarar que o valor a ser pago por Bale é um absurdo, ele garantiu que o Real Madrid não tem quebrado as regras do fair-play financeiro. O dirigente disse que não pode comentar a situação do Monaco, que fez altos investimentos após voltar à elite na França, mas admitiu que Manchester City e Paris Saint-Germain correm o risco de serem punidos.

“O Monaco não está nas competições europeias. Nós estamos interessados em clubes das competições europeias”, disse Platini. “Quando se tratar do Paris, vamos falar com eles, eles terão de enfrentar decisões tomadas pela comissão. Manchester City, também. Nós lhes demos quatro anos. Em maio, teremos as primeiras decisões, vamos dizer que isso tem que ser feito. Monaco poderia ser um problema no próximo ano se estiver classificado para competições europeias”.

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