Contratado às pressas para substituir o desertor Renato Gaúcho, Antônio Lopes tratou de viajar para Porto Alegre e, ontem mesmo, comandou o primeiro treino no Atlético. Ele nem precisou de muito tempo para se se apresentar. Apenas sete jogadores do elenco nunca trabalharam com o Delegado: Fabrício, Paulinho, Marcelo Oliveira, Robston, Wendel, Cleber Santana e Guerrón.
Com tantas dificuldades para deixar para trás, Lopes aposta justamente nesta proximidade que tem com a maioria do elenco para tirar o Atlético da zona da degola. “Já trabalhei com vários jogadores e sei do potencial do grupo. Isso me fez também atender ao convite”, disse Lopes, que ao contrário do seu antecessor já faz contas para tirar o Atlético das últimas colocações. “É uma situação difícil, sem duvida nenhuma, tem que ter um aproveitamento maior que 50%, mas com a estrutura e o material humano que tem podemos sair desta situação”, assegurou.
Assim como seu antecessor, o Delegado também quer trabalhar o lado psicológico dos jogadores, mas com a mesma intensidade que precisa trabalhar taticamente o time. “Quando uma equipe chega ao ponto em que chegou o Atlético, você sabe que o astral e a moral baixam muito e isso tem influência negativa na produtividade da equipe”, completa.
Mas o terinador não se incomoda de ter esse trabalhinho extra. “É um trabalho que a comissão técnica tem que desenvolver. Mas com o trabalho técnico e tático também para ir colocando para os jogadores o que quer que seja desenvolvido no jogo”, frisou.
