A revista Placar lançou ontem, em todo o Brasil, a segunda edição do CD dos hinos dos maiores clubes brasileiros, interpretados por grandes nomes da música. Se na primeira edição o sucesso foi garantido pelo saudoso Tim Maia, numa interpretação de arrepiar do hino do América-RJ e nomes como Fernanda Abreu, Paulo Miklos e Beth Carvalho, desta vez até Caetano Veloso deu o ar da graça, unindo-se a nomes novos como Los Hermanos. “O primeiro CD, que saiu em 96, foi um sucesso. Com o projeto dando supercerto, desta vez conseguimos reunir uma turma ainda mais bacana”, diz o produtor Pierre Aderne, que “assina” as duas edições.
Mas, os times paranaenses foram barrados no baile. Ao saber que estariam fora, representantes dos sites coxanautas e furacão.com se mobilizaram em busca de apoio para cobrar uma atitude da revista.
A explicação veio logo. Os times paranaense ficaram de fora, pelo fato de,o produtor do CD, Pierre Aderne, não ter encontrado um artista paranaense com força no mercado nacional. “Infelizmente, não encontramos um músico paranaense de grande expressão nacional. Isso fez com que os times do Paraná ficassem de fora”, diz Aderne. Sem um intérprete à altura, quem acabou ganhando espaço foi o Fortaleza, que tem como torcedor ilustre Fagner. “Não há nem como comparar a dupla Atletiba com o Fortaleza. Tanto Atlético quanto o Coritiba já foram campeões brasileiros. Por isso digo, foi uma questão musical.”
Apesar de estar de fora do primeiro CD, o protesto paranaense surtiu um efeito positivo. Aderne vai levar adiante um projeto lançando cd singles, dos clubes que ficaram de fora. “Vamos pesquisar artistas locais que torçam para os times e gravar algumas versões, com arranjos e ritmos diferentes.” Os 16 times que já tiveram seus hinos incluídos no primeiro CD também devem ganhar CD single. “Alguns intérpretes tiveram que ficar de fora, mas não escondem o desejo de gravar o hino do time para o qual torcem. Vamos voltar aos estúdios.”