A expectativa deu lugar à desconfiança. Tudo por conta da pior estreia do Paraná Clube em vinte edições do Campeonato Paranaense. Os 3×0 para o J. Malucelli – sábado, no Janguitão – deixou o torcedor apreensivo e diretoria e comissão técnica preocupadas.
Afinal, nove dos dezesseis reforços contratados estrearam e nenhum deles brilhou. Um início de temporada pouco animador para um clube que tenta driblar suas limitações financeiras para voltar à elite do futebol brasileiro.
Estreia com derrota não são bem uma novidade para o Tricolor. Em sua primeira partida oficial (em fevereiro de 1990, pelo Paranaense daquele ano), perdeu para o Coritiba por 1×0. Novos deslizes, porém, só ocorreriam treze anos depois, em um período marcado pela instabilidade.
Nos Estaduais de 2003 a 2005, o Paraná iniciou a competição perdendo para Roma, de Apucarana (duas vezes), e Francisco Beltrão. O revés do último sábado completa a lista de tropeços numa primeira rodada de Campeonato Paranaense.
O retrospecto mostra ainda doze vitórias e três empates. O deslize no Janguito Malucelli também manteve o tabu, já que o Paraná jamais venceu o J. Malucelli. Em Estaduais, agora, são dois empates e uma derrota. Outro tropeço ocorrera na Copa 100 Anos, onde com um time B o Tricolor perdera por 4×0.
“É difícil encontrar explicações. Mas, não vamos nos esconder no fato de ainda estarmos num período de preparação. Independente da falta de entrosamento e ritmo de jogo, não poderíamos ter jogado tão mal”, admitiu o meia Lenílson.
Principal aposta do Tricolor para 2009, o jogador teve uma atuação no máximo discreta. Pouco produziu em termos ofensivos e só levou perigo ao gol adversário em uma cobrança de falta.
O técnico Paulo Comelli admitiu que seu time deu muitos espaços para o Jotinha, que deitou e rolou no primeiro tempo, fazendo três gols em menos de trinta minutos.
Promete, já para o jogo de amanhã, frente ao Paranavaí, uma postura mais coesa do meio-de-campo. A idéia de jogar com apenas dois zagueiros e um volante será, ao que tudo indica, momentaneamente arquivada.
“Temos que buscar resultado. Até a equipe estar 100% fisicamente, terá que ser assim”, anunciou Comelli. Uma nova postura que abre espaço para a entrada do volante Agenor. No grupo, é o único com característica de fazer a função de um terceiro zagueiro, quando necessário.
Com a sua entrada, no intervalo, o Paraná conseguiu maior equilíbrio, reduzindo espaços para os contragolpes do Jotinha. A outra mudança deve ocorrer no ataque, com a presença de Wando. Sua entrada na vaga de Wellington Silva faz o Tricolor trocar a presença de área por um ataque de maior mobilidade.
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