Pintado estuda mudar o esquema do Paraná

Mudanças à vista.

O técnico Pintado não confirma, mas estuda a possibilidade de abrir mão de um dos zagueiros para o jogo de sábado, frente ao Sport, na Vila Capanema.

Em casa e diante do lanterna da competição, o Paraná Clube pode, pela primeira vez neste Brasileiro, jogar num 4-4-2. Uma opção para tornar, na teoria, o time mais criativo, com maior ?jogo de cintura? para escapar de uma previsível retranca do adversário, que está mal das pernas e na última colocação.

No treino de ontem – um trabalho específico de finalizações – Pintado não deu pistas. Mas não esconde a intenção de dar uma chance a Éverton, que vem entrando bem nos jogos, tonando a equipe mais dinâmica.

Pelo menos na teoria. Pintado não condena o 3-5-2 que ?herdou? quando chegou à Vila Capanema e garante que o ideal é saber jogar nas duas formações, com o mesmo equilíbrio.

Só que o Tricolor, nas rodadas iniciais, não atingiu o ponto considerado ideal. Mesmo com uma campanha positiva – ocupa a 3.ª posição, com 61,11% de aproveitamento – Pintado quer mais. Se frente ao Náutico o time abusou da ofensividade (acabando castigado com o 4×4 no final), diante do Corinthians foi mais equilibrado, mesmo com uma visível queda de rendimento do seu ataque, que se resume no placar final do jogo: 0x0. ?Não fizemos gols, mas criamos algumas situações?, lembrou Josiel. ?Se você marca mais, é natural que fique um pouco mais distante da área adversária. Mas o grupo está no caminho certo?, comentou o artilheiro.

Neste Brasileiro, o Paraná soma uma vitória e uma derrota nos jogos em casa. Para melhorar esse índice, o time terá que ser mais ousado. É aí que pode entrar em cena o garoto Éverton.

Ao lado de Vandinho, Vinícius Pacheco e Josiel, formaria um quarteto essencialmente ofensivo. Essa formatação pode ser testada no treino de hoje, sendo que a definição do time ocorrerá apenas no coletivo de amanhã à tarde. A outra opção de Pintado seria a simples manutenção do time que vem atuando nas últimas rodadas, num 3-5-2.

Ingressos do ?sopão? já eram

O Paraná Clube, como já aconteceu em três rodadas deste Brasileirão, estará em ação no próximo sábado – às 18h10, no Durival Britto -frente ao Sport Recife.

O jogo foi antecipado em 24 horas a pedido da televisão, para o fechamento de sua grade de transmissões. Mudança provocada pelo adiamento da partida Botafogo x Corinthians para o mês de agosto.

A confirmação da nova data, ocorrida na noite de segunda-feira pela CBF, fez com que o Tricolor adiasse para hoje o início da venda dos ingressos.

Regra válida apenas nos seguintes setores: geral, sociais, cadeiras, camarotes e torcida visitante.

Os ingressos comercializados pelo clube já terão a nova data impressa, o que não se aplica às entradas promocionais da ação ?Torcer faz bem?. O clube não confirmou, mas ontem à noite os 10.500 ingressos para troca – um Sopão da Nestlé valia uma entrada – já teriam se esgotado.

Com isso, o público de sábado será o maior do Tricolor neste Brasileiro.

?A mudança foi uma decisão superior. Então, só podemos divulgar amplamente a troca na data e contar com a compreensão daqueles que já adquiriram suas entradas?, disse Pedro Poitevin, responsável do clube pela distribuição dos ingressos.

Os preços são os mesmos de jornadas anteriores, R$ 15 na geral; R$ 40 nas sociais e para torcida vistante; e R$ 50 nas cadeiras. Proprietários de camarotes pagam R$ 20.

Em todos os setores há meio-ingresso para sócios, mulheres, menores, estudantes e idosos e a venda ocorre em todas as sedes do clube, Capanema, Kennedy, Tarumã e Boqueirão.

Corrida presidencial está acirrada

Carlos Simon

A menos de cinco meses do pleito eleitoral, o Paraná Clube vive época de incerteza política. A boa fase em campo motivou uma velada e acirrada disputa interna pelo cargo de José Carlos de Miranda, com várias correntes distintas. E o próprio presidente ainda cogita manter-se no trono, embolando ainda mais as cartas.

A segunda reeleição de Miranda (vitorioso com larga margem nos pleitos de 2003 e 2005) era tida como favas contadas, mas o presidente sofreu derrota surpreendente em abril, numa tentativa de reforma estatutária. O Conselho Deliberativo vetou a proposta de mudança e manteve a regra que proíbe mais de uma reeleição presidencial.

Com Miranda fora do jogo, vários postulantes surgiram dentro da atual gestão – os diretores Aurival Correia, José Domingos e Márcio Vilella são os principais deles. A idéia do atual presidente é montar e apoiar uma chapa única de situação, que teria grande chance de vitória no pleito agendado para a primeira quinzena de novembro – a data ainda não foi definida. Mas até agora as pretensões individuais têm falado mais alto.

?Tenho conversado muito com os vices (pré-candidatos), mas quando tento uma composição colocam uma série de obstáculos a respeito deste ou daquele nome. Não sei se conseguirei um consenso?, disse o presidente.

Um dos homens de confiança de Miranda, ao lado de Aurival Correia, José Domingos repete que a diretoria busca uma união. ?Preferimos evitar o bate-chapa. Mas as discussões ainda estão em fase embrionária?, falou Zé Domingos, que admite a possibilidade de suceder Miranda.

Caso não haja entendimento até as semanas que antecedem a eleição, Miranda ameaça ?dar um tapa na mesa? – ou seja, determinar ele próprio a composição da chapa que receberia seu aval. ?O problema é o risco de os insatisfeitos deixarem o clube a esta altura. Mas ainda não desisti. Sem meu apoio dificilmente alguém se elege?, falou, sem falsa modéstia.

Outra carta na manga de Miranda é o movimento coordenado por conselheiros próximos a ele, que tentam anular o veto à mudança estatutária. O grupo defende que 52 dos conselheiros que votaram em abril estavam inadimplentes com o clube, e portanto impedidos de exercer o direito. Mas até alguns conselheiros aliados de Miranda acham improvável a reversão da decisão, já que o pagamento de mensalidades não é obrigatório.

Já em campanha, Miranda alfineta as correntes adversárias. ?Hoje em dia é bom ser presidente. As contas estão em dia, vem aí o Timemania, as contas não são R$ 10 mil ou R$ 20 mil, mas R$ 500 mil ou R$ 1 milhão. É isso que me preocupa: evitar que outros interesses se sobreponham aos do clube?, disparou.

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