O jogo do Paraná Clube contra o Roma, ontem, marcou o início do último Campeonato Paranaense que apresenta o Pinheirão como lar de um dos grandes da capital. Duas décadas depois do jogo de abertura, a Federação Paranaense de Futebol prepara alternativas para os dias de abandono de seu estádio.
O primeiro a experimentar o Pinheirão foi o Atlético, que lá se instalou de 1985 até 1994.
O Tricolor começou a usá-lo em 1992 e desde então alternou o estádio com a Vila Capanema, o Couto Pereira e a Vila Olímpica do Boqueirão. Desde 2002 adotou o campo da FPF como sede, mas agora pretende fixar residência na Vila Capanema, que passa por obras de ampliação e reforma. A previsão do presidente José Carlos de Miranda é que o Durival de Britto esteja pronto em março.
Com a Vila apta a receber 16.700 torcedores, como prevê o projeto, o Paraná poderá mandar em sua casa os jogos do Campeonato Brasileiro. Mas Miranda promete não esquecer por completo o campo da FPF. ?Seria uma injustiça abandonarmos o Pinheirão. Para os grandes clássicos e jogos com demanda maior de público, certamente jogaremos lá?, garante.
Mas tudo vai depender das campanhas e da boa vontade da diretoria tricolor. Sem calendário definido para a praça, resta à FPF emprestá-la ao Real Brasil, time do controvertido empresário Aurélio Almeida, que já arrendou as instalações do estádio como concentração e local de treinos. Ou usá-lo como palco para outros eventos. Foi pensando nisso que o presidente da entidade, Onaireves Moura, nomeou Luiz Antônio Souza Santos para o cargo de diretor do Departamento de Eventos e Promoções.
Luiz Antônio, que também é colunista social da Tribuna, planeja organizar ali grandes shows – como o que promoveu para a cantora Daniela Mercury no próprio Pinheirão, no final do ano passado. O público foi de 15 mil pessoas. ?Foi uma boa experiência. Os camarotes e cabines de imprensa podem ser usados como áreas VIPs?, explica Luiz Antônio, que também planeja instalar um grande restaurante no estádio. ?Manter o Pinheirão é caro. Não podemos simplesmente desativá-lo?, disse o chefe da FPF.