Se o estádio do Pinheirão, palco de tantos jogos decisivos do nosso futebol, não está sendo mais usado para a prática do esporte, pelo menos nos Tribunais ele continua sendo requisitado. Nesta terça-feira (3), a 2.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) anulou o leilão do "Grande Elefante Branco".
No dia 25 de setembro de 2007, a 4.ª Vara da Fazenda Pública, deu parecer favorável a empresa Madeshopping, pertencente ao Grupo Tacla, que arrematou o local por R$ 11,2 milhões. A Federação Paranaense de Futebol (FPF), dona do local, achou o valor irrisório e pediu a bagatela de R$ 33 milhões.
A decisão foi apertada: 2 votos a 1. Os desembargadores do TJ-PR, Antônio Renato Strapasson e Silvio Fernandes Dias, votaram a favor. Já o desembargador Lauro Laertes de Oliveira votou pela manutenção da venda do estádio ao Grupo Tacla.
De acordo com o advogado da FPF, Juliano França Tetto, uma batalha já foi ganha. "Conseguimos reverter esse quadro desfavorável e a FPF volta a ter os direitos sobre o Pinheirão", afirmou. Contudo, as duas partes envolvidas têm até 15 dias para recorrer da decisão. "O Grupo Tacla pode entrar com um recurso no período de 15 dias", relatou o advogado.
Após o término do prazo estipulado, a justiça indicará um avaliador que determinará o valor do imóvel.
