Rodrigo Pimpão, novo titular do ataque, evita o rótulo de “salvador da pátria”. Tem consciência do momento delicado, mas entende que o Paraná Clube só vai sair dessa na força do grupo e não na individualidade.
É inegável, porém, que a sua presença cria a expectativa de dias melhores para o combalido ataque tricolor. Depois da goleada sobre o Náutico, há três semanas, os artilheiros do time simplesmente sumiram.
De nada adiantaram as mudanças feitas pelo técnico Marcelo Oliveira. Nos últimos quatro jogos, o Paraná fez apenas um gol, ainda assim com o zagueiro Alessandro Lopes, em lance de bola parada.
“Estou chegando com muita disposição para ajudar e isso pode mudar um pouco o astral do grupo. Mas preciso da ajuda dos companheiros para tudo dar certo”, comentou Pimpão.
Ao que tudo indica, ele irá formar com William a nova dupla de ataque do azul, vermelho e branco. Pelo menos foi o que sinalizou Marcelo Oliveira no trabalho tático de ontem à tarde.
Um treino específico em que exigiu muita movimentação dos homens de frente, sempre municiados pelo meia Wanderson e pelos alas Jefferson e Kim. Este, recuperado de infecção na bexiga, será o lateral-esquerda.
Rodrigo Pimpão terá ainda que superar a falta de ritmo. Sem jogar desde o torneio de Florianópolis, no início de julho, ele pede calma ao torcedor. “Não vai faltar luta. Mas só com a sequência de jogos vou atingir a minha melhor forma”, avisou.
Para Pimpão, o Paraná tem que ter frieza para atuar fora de casa. “O excesso de vontade pode gerar ansiedade. Foi assim contra o América-RN. É jogo difícil e só com equilíbrio emocional vamos tirar o clube dessa”, arrematou Pimpão.