São Paulo – Pode ser que seja apenas orientação da Michelin para não demonstrar que perdeu parte de sua força com os novos pneus, mas na quinta-feira alguns dos principais pilotos que competem com a marca ironizaram Ross Brawn e Jean Todt, diretor-técnico e diretor-esportivo da Ferrari, respectivamente.

“Gostaria de agradecer à Ferrari pela denúncia, obrigando a Michelin a produzir novos pneus. Eles são ainda mais eficientes que os anteriores”, afirmou Ralf Schumacher, da Williams, que sofreu sério acidente nos treinos da semana passada, mas foi liberado para disputar o GP da Itália, no circuito de Monza, cujos treinos começam nesta sexta-feira.

A direção da Ferrari comprometeu-se tanto com as declarações de que acabou ficando para trás porque a Michelin usava pneus “irregulares” que agora, se não conseguir se impor sobre a Williams, McLaren e Renault, escuderias da Michelin, sua imagem sairá bastante desgastada.

Os franceses desenvolveram e testaram em uma semana pneus que, depois de usados, não excedam os 270 milímetros de largura estipulados pelo regulamento da FIA, como os modelos anteriores.

Juan Pablo Montoya, da Williams, vice-líder do Mundial com 71 pontos, um a menos que Michael Schumacher, da Ferrari, o líder, também ironizou a declaração de Brawn, de que os pneus “irregulares” da Michelin davam a seus pilotos meio segundo por volta de vantagem: “Esse Brawn é o mesmo que disse que eu não tenho classe porque ultrapassei o piloto dele em Nurburgring”. Ao ganhar a posição de Schumacher no GP da Europa, Montoya e o alemão se tocaram. Mas o erro foi de Schumacher.

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