Piloto da Stock Car Light pode ser julgado no tribunal

O piloto Renato Russo, da Stock Car Light, colocou a mão num vespeiro, ao afirmar, que há uso de bebidas e substâncias proibidas antes de provas no automobilismo brasileiro. A denúncia pode lhe custar caro: em comunicado oficial, a Confederação Brasileira de Automobilismo diz que a reportagem publicada ontem será enviada à Comissão de Disciplina do tribunal esportivo da entidade, que vai analisar seu teor, com risco de punição ao autor. A CBA não fala em abrir inquérito para apurar o caso e é reticente ao abordar a adoção de exames antidoping para coibir recursos ilícitos em competições.

Em comunicado oficial, a entidade diz que está atenta à necessidade da implantação do procedimento. Entretanto, mesmo já tendo o patrocínio da Vicar, só vai implantá-lo após a conclusão do estudo feito no projeto apresentado pelo dr. Dino Altmann, que inclui escolha de equipamento, treinamento de pessoal especializado, credenciamento de um laboratório especializado para a análise, entre outras providências.

Altmann não acredita que o antidoping seja adotado rapidamente. Isso apesar de vários pilotos e de o próprio promotor da Stock Car, Carlos Col, declararem-se a favor dos exames. Os pilotos defendem a adoção dos testes. ?Sou 100% a favor?, opina Luciano Burti. O bicampeão Cacá Bueno emenda: ?O uso de substâncias ilícitas acontece no âmbito social, artístico e até esportivo – não posso falar que não exista, já que o universo do automobilismo é tão grande. Evitaria a entrada de pilotos que não são profissionais na categoria.

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