Saitama
(AE) ? Pierluigi Collina vai apitar a final da Copa do Mundo, entre Brasil e Alemanha, domingo, em Yokohama, às 8 h. Os auxiliares são Philip Sharp, da Inglaterra e Leiz Lindbber, da Suécia, enquanto que o reserva será Hugh Dallas, da Escócia). A Fifa não vê nenhum inconveniente no fato do árbitro italiano ser patrocinado pela Adidas, a mesma fábrica de material esportivo que estampa o seu logotipo nas camisas da Alemanha. Ao ser questionado sobre o assunto na entrevista oficial da Fifa, ontem, o presidente Joseph Blatter respondeu com uma pergunta. “Quem é esse patrocinador?”.Ao ouvir dos jornalistas que se tratava da Adidas, respondeu. “Mas a Adidas é também a patrocinadora da Fifa e da Copa do Mundo. Então, não vejo nenhum problema nisso”.
Antes de se submeter às perguntas dos jornalistas que estavam em conexão entre o Japão e a Coréia, Blatter fez um balanço positivo da Copa do Mundo. Falou sobre a boa organização dos dois países e da segurança “Foi uma Copa segura até aqui e espero que continue assim nos dois jogos finais”, afirmou o presidente, fazendo figa com as duas mãos.
Blatter só entrou no assunto arbitragem na parte final da entrevista, quando os jornalistas que estavam nos dois centros de imprensa – do Japão e da Coréia – puderam fazer algumas perguntas aos chefões da Fifa. Os espanhóis, revoltados com a forma como a Espanha foi eliminada pela Coréia (com um erro de arbitragem), apertaram Blatter, que aceitou até responder em espanhol.
“Temos discutido muito sobre esse problema mas eu acho que das 64 partidas, no máximo 5% podem ser discutidas. O futebol tem os seus erros e nós temos que conviver com esses erros. São erros de técnicos, de dirigentes, de jogadores e também dos árbitros”.
Em seguida, respondendo a uma outra pergunta relacionada à arbitragem, Blatter descartou a hipótese de a Fifa vir a utilizar recursos eletrônicos no auxílio das arbitragens. “Não vejo a tecnologia como solução. Temos de seguir melhorando o nível das arbitragens oferecendo cursos técnicos, sem a introdução de meios tecnológicos. Isto destruiria um componente essencial do futebol: a emoção. Asseguro que não vai haver nenhum tipo de debate sobre isso”.
Blatter também confirmou que a idéia (do ex-presidente João Havelange) de se disputar a Copa do Mundo em dois países foi aprovada. E que a Fifa pode voltar a fazer uma Copa em dois países em 2010, já que a de 2006 terá a Alemanha como país-sede. “Essa Copa abriu uma nova perspectiva também para as seleções menores. Para a Fifa, isso é uma vitória” No entanto, na hora de responder a uma jornalista senegalesa que queria saber da possibilidade de dois países africanos organizarem a Copa em 2010, Blatter saiu com uma resposta política. “Não penso que haja impedimento algum. Nesta Copa já houve uma resposta muito positiva. Mas ainda é cedo para falar sobre a Copa de 2010. Tanto é que quatro países da Europa (ele não quis dizer quais) já tentaram se candidatar como sede, mas o processo se escolha ainda nem foi aberto”.
Por fim, Blatter ainda comemorou o desfecho da Copa do Mundo, que terá uma final inédita, entre Brasil e Alemanha. “Será um grande acontecimento. Um jogo inédito na história da das Copas, por ser a primeira vez em que as duas seleções se enfrentam. Muitas celebridades estarão aqui: Pelé, Platini, Beckenbauer, Maradona. Será ótimo para o futebol”