Os meninos do Atlético fizeram a festa no Atletiba. Com muita disposição e oportunismo, o Furacão venceu o clássico sobre o Coritiba por 2×0 nesta quarta-feira (1), na Arena da Baixada, no jogo que encerrou a quinta rodada do Campeonato Paranaense. Foi a primeira vitória rubro-negra na competição, acabando com as críticas aos jovens do time alternativo. Do outro lado, a crise institucional do Coxa só piorou.
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Naquela empolgação básica, o Atlético partiu para cima nos primeiros minutos. Empurrado pela torcida e contando com Léo e Crysan inspirados, o Furacão tinha o controle do jogo com seus garotos. Com problemas no meio-campo que não eram apenas do clássico, o Coritiba tinha dificuldades, e acaba vivendo do que vivera nas partidas anteriores. Kléber tinha que buscar o jogo para que algo acontecesse.
Por mais que o Alviverde tentasse ter mais posse de bola, o ímpeto rubro-negro era mais forte. Assim, era Wilson quem mais via o perigo rondar sua área, mesmo que os chutes a gol não fossem tantos. Estava tudo tão calmo para o Rubro-Negro que Paulo Autuori sequer saía para a beira do gramado para orientar o time, deixando a tarefa para o auxiliar Bruno Pivetti.
Depois de tanto domínio atleticano, foi o Coritiba quem conseguiu a melhor chance. Aos 24 minutos, numa arrancada de Thiago Lopes (a surpresa da escalação alviverde), Santos foi obrigado a fazer a primeira boa defesa do Atletiba. E ali mudou-se o sentido do jogo. O Atlético parou de jogar, e aos poucos o Coxa entrou no campo dos donos da casa.
Aos 34 minutos Kléber tocou de calcanhar para Rildo, que foi derrubado por Zé Ivaldo. Pênalti indiscutível, que o próprio Gladiador cobrou e acertou na trave. É a segunda penalidade desperdiçada pelo atacante nesta temporada. E de novo tudo mudou. O Coxa se entregou, e aos 40 minutos, numa falha de toda a defesa alviverde, João Pedro cruzou e a bola sobrou para Crysan chutar com estilo, bem no cantinho, sem chance para Wilson.
Segundo tempo
O Coritiba tentou voltar pressionando, mas demorou a chegar com perigo ao gol de Santos. E quando chegou, até superou o goleiro, mas parou em Zé Ivaldo. Aos 10 minutos, Matheus Galdezani tirou Santos da jogada, mas o zagueiro tirou em cima da linha.
O Coxa partia para cima, mas demonstrava muito nervosismo. Mesmo assim, obrigava a defesa do Furacão a trabalhar. Iago tentou, mas Santos fez boa defesa. Para tentar colocar o Atlético nas cordas, Pachequinho colocou Neto Berola e Henrique Almeida. Paulo Autuori decidiu repetir a dose do jogo contra o Deportivo Capiatá, tirando o volante Luiz Otávio e colocando o zagueiro Jacy.
Mas a tensão estampada no rosto e o cansaço de quem queria correr mais do que conseguiria fez o Coritiba perder força na reta final do clássico. Mais organizado, o Atlético parou de correr riscos, e aos 42 minutos decidiu o jogo. Crysan cobrou falta, a bola bateu na barreira, Douglas Coutinho aproveitou a sobra e chutou. Antes que ela entrasse, Luís Henrique tocou e deu o placar final ao Atletiba. A melhor forma de dar sossego à meninada rubro-negra, e a definitiva mão de tinta na crise alviverde. Coisas de clássico.
Ficha técnica
PARANAENSE
1ª Fase – 5ª Rodada
ATLÉTICO 2×0 CORITIBA
Atlético
Santos; Léo, Wanderson, José Ivaldo e Renan Lodi; Luiz Otávio (Jacy), Matheus Rossetto, João Pedro (Renan Paulino), Crysan e Douglas Coutinho; Luís Henrique.
Técnico: Paulo Autuori
Coritiba
Wilson; Dodô, Werley, Juninho (Geovane) e Carlinhos; Jonas, Matheus Galdezani (Henrique Almeida) e Thiago Lopes; Iago (Neto Berola), Kléber e Rildo.
Técnico: Pachequinho
Local: Joaquim Américo
Árbitro: Paulo Roberto Alves Júnior
Assistentes: Weber Felipe Silva e Julio Cesar de Souza
Gols: Crysan 40 do 1º e Luís Henrique 42 do 2º
Cartões amarelos: Zé Ivaldo, Crysan, Santos (CAP); Carlinhos, Iago, Juninho (CFC)
Renda: R$ 448.560,00
Público total: 18.608
