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Philadelphia Eagles supera o New England Patriots e conquista o seu 1º Super Bowl

O Philadelphia Eagles é, enfim, o campeão do Super Bowl. Jogando no US Bank Stadium, em Minneapolis, a equipe venceu o New England Patriots por 41 a 33, em jogo encerrado na madrugada desta segunda-feira (no horário de Brasília), e conquistou o Troféu Vince Lombardi pela primeira vez na sua história, após ter sido vice em 1981 e 2005.

E o título não veio sem sofrimento. O Eagles dominou o início do jogo, terminando o primeiro tempo com vitória por 22 a 12. Porém, a pausa para o intervalo, que teve como destaque o show do cantor Justin Timberlake, não fez bem ao time. O Patriots cresceu na partida e passou a incomodar o rival, chegando à virada no começo do último quarto.

O time do quarterback Tom Brady, marido da modelo brasileira Gisele Bündchen, conseguiu segurar a vantagem no placar por alguns minutos, “cozinhando” o duelo. Mas, quando tudo indicava que o New England conquistaria seu sexto título na NFL, a principal liga do futebol americano, o Philadelphia conseguiu um touchdown salvador no fim da partida, pavimentando o caminho para levantar a taça.

A conquista coroa uma campanha de superação do Eagles. Desacreditado por muitos após a séria lesão do quarterback Carson Wentz, que vinha sendo o destaque do time na temporada regular, a equipe passou pelos favoritos Atlanta Falcons e Minnesota Vikings nos playoffs antes de vencer o Patriots.

A vitória também é especial para Nick Foles, justamente o quarterback que assumiu a responsabilidade de substituir Wentz na reta final da temporada. Escolhido no Draft pelo próprio Eagles em 2012, Foles teve um bom início de carreira na NFL, mas caiu muito de produção após se machucar com seriedade em 2014 e depois se transferir para o Saint Louis Rams (hoje chamado Los Angeles Rams), em 2015.

Sem destaque no Rams, o jogador foi para o Atlanta Falcons em 2016, em outra passagem frustrante. O próprio Foles já admitiu em entrevista que pensou em se aposentar precocemente durante a má fase.

A sua sorte começou a mudar no ano passado, após o Eagles apostar novamente em seu futebol, dessa vez para ser reserva de Carson Wentz. A contusão do titular fez muitos desconfiarem da capacidade de Foles em liderar a equipe, mas ele assumiu a responsabilidade, fazendo um grande jogo contra o Minnesota Vikings na final da Conferência Nacional (NFC) e conduzindo seus companheiros no triunfo sobre o New England Patriots. Aos 29 anos e escolhido como MVP (jogador mais valioso) do Super Bowl, ele atinge uma das maiores glórias do esporte mundial.

FRUSTRAÇÃO – Do outro lado, sobrou a decepção ao Patriots. A equipe perdeu a chance de chegar ao seu sexto título do Super Bowl e se igualar ao Pittsburgh Steelers como o maior vencedor da história. Quarterback titular com mais taças no futebol americano, com cinco conquistas, Tom Brady amargou sua terceira derrota em oito finais disputadas.

Aos 40 anos, o veterano ainda manteve a “maldição dos MVPs” na NFL. Eleito o jogador mais valioso da liga antes do Super Bowl, ele é mais um MVP da temporada que não consegue levar o título. A última vez que isso aconteceu foi há 18 anos, quando Kurt Warner foi campeão pelo Saint Louis Rams.

JUSTIN TIMBERLAKE – O cantor Justin Timberlake se apresentou pela terceira vez no tradicional show de intervalo do Super Bowl. Ao longo de 12 minutos, em um palco luminoso sobre o símbolo da NFL, o cantor apresentou músicas de seu novo álbum “Man of the Woods”, lançado na última sexta-feira, e também grandes sucessos de sua carreira, como “Let me Talk to You” e “Can’t Stop the Feeling”.

Os efeitos visuais empolgaram os mais de 66 mil espectadores do US Bank Stadium, em Minneapolis. Em um deles, os dançarinos carregavam espelhos no palco e no meio da plateia. A interação com o público foi outro ponto alto. Em vários momentos, Justin dançou entre os fãs e chegou a tirar uma selfie com um torcedor. O show prestou ainda uma homenagem ao cantor Prince, falecido em 2016, exibindo sua imagem em um telão.

Foi a primeira vez que Timberlake se apresentou sozinho. A primeira participação do cantor foi como parte do grupo N’Sync, em 2001. Neste mesmo ano, participaram do show Aerosmith, Britney Spears, Nelly e Mary J. Blige.

Em 2004, Timberlake voltou ao lado de Janet Jackson. Nesta apresentação, ele gerou grande polêmica ao arrancar parte da roupa da cantora e deixou um de seus seios à mostra. Como consequência, a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos recebeu 540 mil telefonemas de espectadores indignados na época.

Nenhuma atração recebe para cantar no intervalo do Super Bowl. Trata-se de uma troca pela exposição espontânea gerada pelo evento. De acordo com Danyel Braga, gerente sênior de Patrocínios da CSM, empresa especializada em gestão e marketing esportivo, o Super Bowl é uma das plataformas de negócio mais bem-sucedidas em todo mundo. Ele afirma que cada segundo de um comercial de intervalo da partida custa cerca de R$ 600 mil.

“Para o Super Bowl 52, a expectativa é de um faturamento superior a R$ 1,5 bilhão em publicidade, tudo isso com o objetivo de capturar a atenção dos cerca de 170 milhões de telespectadores em todo o mundo. O Brasil é o terceiro mercado consumidor da NFL”, disse o especialista.

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