O nadador norte-americano Michael Phelps está livre para voltar a competir. Nesta terça-feira, depois de três meses, chegou ao fim a suspensão imposta pela Confederação Norte-Americana de Natação, que puniu o atleta por consumo de maconha. Enquanto se prepara para voltar às provas depois de todo o escândalo, Phelps revelou que chegou a pensar em parar.
“Foi um erro estúpido. Essa história me mostrou quem são meus amigos de verdade. E também me deu muito tempo para pensar. Desde que a Olimpíada de Pequim terminou, eu não sabia direito o que fazer da vida”, disse Phelps, que diz ter passado cerca de um mês avaliando a possibilidade de se aposentar, aos 23 anos.
No dia 1º de março, Phelps procurou seu técnico, Bob Bowman, para dizer que tinha decidido não parar. “A minha maior preocupação não era se ele iria parar ou não. Eu só queria que, se ele parasse, que fosse pelos motivos certos. Eu disse a ele ‘você já fez tudo o que poderia, se parar hoje é o maior de todos os tempos. Você pode parar agora’. Mas também disse que era ele quem deveria dizer quando parar. Encerrar a carreira por causa dessa polêmica não seria bom”, afirmou o treinador.
Com a motivação renovada, Phelps retomou os treinos na piscina e a preparação física. “Estou feliz por estar de volta à água e quase em forma. Estou me preparado para voltar a uma prova pela primeira vez desde Pequim. Vamos ver como será”, disse. O retorno já tem data e local para conhecer: Charlotte, entre os dias 14 e 17 deste mês.
Em sua nova fase, Phelps confirma a promessa de dedicar-se mais às provas de velocidade. No meeting de Charlotte, ele disputará os 50, 100 e 200 metros livre, os 100 costas e os 200 borboleta.
“Estou me sentindo bem na água e tenho feito bons tempos nos treinos. Mas não tenho ideia do que esperar nessa competição. Vou para lá sem pressão ou expectativas”, afirmou Phelps.
Na última vez em que caiu na piscina em uma competição – com toda a pressão e expectativa que diz não carregar agora -, Phelps fez história. Ele ganhou oito medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, quebrando o recorde do compatriota Mark Spitz, que conquistou sete títulos olímpicos em 1972.