A espera valeu a pena. Depois de chegar em setembro e não ganhar nenhuma oportunidade em 2005 com o técnico Evaristo de Macedo, o uruguaio Pezzolano só tem o que comemorar neste início de 2006. Titular em sua estréia com a camisa do Atlético, com Vinícius Eutrópio no comando interinamente, o meia marcou o primeiro gol do time na temporada e entrou na briga por um lugar ao sol. Mas, mesmo feliz com a atuação, ele prefere manter a tranqüilidade e continuar trabalhando para consolidar sua posição dentro do Rubro-Negro.
?Eu fiz uma partida muito boa, mas falta treinar mais com bola, corremos muito e precisamos trabalhar um pouco mais fisicamente também?, analisa Pezzolano. Agora ele só precisa de uma seqüência de jogos para poder se firmar na equipe. ?Sim, a gente ganha ritmo de jogo, jogando. Se tiver a sorte de sair jogando, de treinar mais com bola, cada vez vamos melhorando mais?, aponta. Além de marcar o primeiro gol, o uruguaio mostrou inteligência ao chutar colocado no canto que estava livre.
Um chute com a tranqülidade de quem soube esperar a oportunidade. ?Eu cheguei num momento em que o time estava melhorando, estava em 16.º no Brasileirão e começou a ganhar e terminou em 6.º e era o mesmo grupo da Libertadores?, relembra. Nesses meses que passou só treinando, apenas uma vez ele foi relacionado para o banco de reservas, mas não foi aproveitado. ?Eu sabia que a minha vez iria chegar. Chegou agora e, por sorte, pude fazer um gol?, vibra.
Modesto, ele prefere manter a mesma postura e não ficar comemorando o gol marcado diante do Galo Maringá. Afinal, a concorrência com Ferreira, Evandro, Fabrício, Dagoberto, Dênis Marques e companhia será muito forte. ?Estou tranqüilo, eles são muito bons jogadores e quando tiver a oportunidade de jogar vou tentar fazer o melhor para o time e o que tiver que ser vai ser?, finaliza.
Ontem, ao lado do restante dos titulares, ele fez apenas um trabalho regenerativo numa academia do Batel. Hoje, Vinícius volta a comandar os trabalhos no CT do Caju e já deverá definir a equipe para enfrentar o Rio Branco, domingo, em Paranaguá. A tendência, em princípio, é que a equipe seja mantida na Estradinha e os titulares restantes voltem somente na terceira rodada do Paranaense.
Jogadores entusiasmados com Matthäus
A chegada do técnico Lothar Matthäus não está mexendo só com os torcedores do Atlético.
Os jogadores também começam a viver a contagem regressiva para saber como será trabalhar com um treinador alemão. Contratação bombástica da direção rubro-negra, que chega no começo de fevereiro, ele vem para tentar consolidar sua carreira, bem como promover o clube mundo afora. Mas, só o currículo do ex-craque da seleção germânica já anima o elenco do Furacão.
?A gente fica feliz, sabemos que é um jogador de renome mundial e vem trazer muita experiência e que também está começando a carreira e quer conquistar títulos?, analisa o zagueiro Paulo André. O meia Rodriguinho concorda com o companheiro e acredita que deverá aprender bastante com Matthäus. ?É outro tipo de experiência e a expectativa é boa. Ele é uma pessoa experiente, gabaritada e todo mundo vai querer mostrar serviço e para o bem do Atlético vai ser muito bom?, opina.
A possibilidade de conquistar a preferência do alemão também anima o atacante Cléo. ?Ele vai analisar jogador por jogador e quem estiver melhor, mais preparado, vai jogar?, diz. Mas, todo mundo está mesmo é curioso para saber como vai ser. ?É a primeira vez que tenho uma experiência como essa. Acho que no início vai ser difícil, até pela língua e pela adaptação dele, mas eu acredito que o grupo está aberto a recebê-lo e ele também estará com o intuito de fazer o melhor possível para agradar a todos também?, aponta Paulo André.
No entanto, o currículo de Matthäus já gera admiração. ?Na copa de 90 eu tinha dez anos e lembro por flashes. Sei que a história dele é muito bonita e é uma história que a gente tem que respeitar?, finaliza Rodriguinho.