Após lançar a ideia de compartilhar o uso da Arena da Baixada com o rival Coritiba, o ex-presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, voltou ontem à mídia para divulgar seu projeto para a conclusão do estádio, nos padrões Fifa, e que agregaria a Curitiba um novo complexo esportivo e de lazer.
O veículo escolhido para a divulgação foi o site CAP4EVER, notadamente o canal oficial do ex-mandachuva atleticano. No projeto apresentado, o que mais chama a atenção é o complexo Areninha, um ginásio de esportes com capacidade para 12 mil pessoas que será construído ao lado do estádio e cujas áreas seriam integradas. A ideia da Arena Atletiba é mantida por Petraglia.
“Curitiba não comporta duas Arenas. Não há necessidade disso. Muito pelo contrário. A utilização de dois clubes traz melhor e maiores condições de viabilidade. Um clube utiliza no máximo 35 datas por ano para mando de suas partidas de futebol, somando todas as competições de que participa, no calendário estadual e nacional”, explica o ex-presidente.
Para ele chegou a hora da rivalidade ficar um pouco de lado e de se quebrar paradigmas, “pensando grande”. “Se podemos racionalizar investimentos, maximizar receitas e economizar despesas, por que então não fazemos? Vamos economizar esforços, deixar de ser mesquinhos, de fazer do futebol uma guerra. Vamos fazer o moderno, o que os números nos mostram, o que o mercado nos aponta. Vamos deixar nossa paixão para os 90 minutos da partida e fazer o que é preciso, o que devemos e que o momento nos faculta”, afirma
Utilidade
O projeto desenvolvido reuniria interesses da dupla Atletiba, do município e também do Estado, conforme Petraglia. Isso porque além das praças esportivas (Arena e Areninha) seriam construídos um centro comercial anexo às arenas, além de centro de convenções.
A Praça Afonso Botelho seria anexada ao complexo, gerando revitalização da área. Para participar dessa associação, o Coritiba teria que se desfazer do Couto Pereira, área bastante valorizada, através da venda ou permuta.
Viabilidade
Segundo Petraglia para a viabilidade do projeto é indispensável a participação direta do poder público – do município, do Estado e do Governo Federal -o que tornaria o complexo de lazer e esporte plenamente viável e sustentável.
“Deixemos os problemas jurídicos, legislativos, técnicos para os especialistas nas matérias. Com certeza surgirão soluções para acordos de co-utilização de datas e espaços, constituição de órgãos entre as instituições envolvidas para administração profissional e independente, sem riscos e contaminação para o patrimônio e seus proprietários. Com regulamentos e estatutos próprios. Com cláusulas pétreas para segurança dos usuários, ou seja, do nosso povo”, ressalta o empresário. No final da apresentação, Petraglia pede a todos que julguem seu projeto, usando a racionalidade e deixando de lado a rivalidade.