Petraglia culpa governos por atraso na Arena da Baixada

Depois de não participar da entrevista coletiva realizada na terça-feira, quando a Fifa deu um ultimato ao Atlético, a Prefeitura de Curitiba e ao Governo do Estado para que a Arena fique pronta a tempo para receber quatro jogos da Copa deste ano, o presidente Mário Celso Petraglia rompeu o silêncio ontem à tarde e, em entrevista à Rádio CAP. Ele esclareceu algumas situações do clube, sobretudo em relação ao imbróglio envolvendo a engenharia financeira para custear a reforma e ampliação do estádio atleticano para receber o Mundial.

Apesar dos poderes municipal e estadual descartarem qualquer possibilidade de uma nova remessa de recursos públicos para a remodelação do Joaquim Américo, o cartola insistiu em dizer que o custo total da obra terá que ser dividido igualmente entre as três partes. O valor total ainda não confirmado, mas o aumento deverá passar de R$ 265 milhões para R$ 319 milhões.

“O acordo é tripartite. O último dinheiro (liberação de R$ 39 milhões referente ao terceiro contrato) dizem que não é dinheiro público e que o financiamento é da CAP S/A. Temos que assumir a realidade. É um terço para cada parte. Dois terços para Prefeitura e Governo, pela vinda da Copa para Curitiba. Deixei claro desde o primeiro momento que não assumiria 1% a mais da realidade do acordo. Claro que entendo as dificuldades de entendimento, da burocracia, mas não podemos pagar essa contar essa conta sozinhos”, disse.

O presidente rubro-negro criticou ainda a forma com que a administração pública conduziu a liberação dos recursos para a reforma. “Sem dinheiro não se faz obra. Desde o primeiro momento o compromisso tripartite, do estado e da prefeitura não foi cumprido. Não quero atribuir a A ou a B. A verdade é essa e sem caixa não dá tranquilidade aos fornecedores, não dá segurança as empreiteiras que não pode pagar seus funcionários. Mas apesar de todas as dificuldades que tivemos, teremos Copa em Curitiba”, garantiu.

Mesmo admitindo que concordou com as medidas tomadas pela Fifa, pelo Ministério do Esporte, e pelos poderes Municipal e Estadual ao criar um comitê para gerir a partir de agora a reforma da Arena, o cartola frisou que o grande problema continua sendo a liberação dos recursos. “Ouvi o governo e a prefeitura dizer que vão incrementar a obra com mais 500 homens. Não brinquem com coisa séria. Se recupera o prazo com caixa. Os projetos estão prontos, redondos e temos potencial e gente competente para fazer. Seria suficiente o governo vir as ruas e dizer que banca e assume a sua parte nos compromissos que firmou. Só isso era suficiente”, finalizou.

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