Depois de sinalizar recentemente, via Twitter, com a possibilidade de candidatura na próxima eleição do Atlético, o ex-presidente do Furacão Mário Celso Petraglia confirmou ontem que tentará voltar ao cargo no pleito de dezembro.

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Verborrágico e “cornetando” a atual diretoria , o ex-dirigente rubro-negro afirmou que seu retorno ao cenário atleticano ocorre pelo fato de a gestão comandada por Marcos Malucelli ter descumprido promessas de campanha da última eleição -chapa, aliás, que ele apoiou.

Outra razão, segundo Petraglia, estaria relacionada com o atual momento do time em campo e com o elenco rubro-negro. “Venderam mais de R$ 50 milhões de jogadores que o clube tinha em carteira. Queimaram nosso estoque e contrataram quase 70 jogadores em dois anos e meio”, cornetou.

O ex-presidente, que fez suspense para anunciar a candidatura informal – oficialmente o processo sucessório no Atlético só será aberto em agosto – fez alusão a uma tentativa de “virar a mesa” para antecipar as eleições no clube.

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Para tal, segundo ele, haveria a necessidade da assinatura de pelo menos 5 mil associados ou então de 200 integrantes do conselho deliberativo. A tese é refutada pelo presidente do conselho deliberativo do Furacão, Glaucio Geara (leia texto abaixo).

Sobre a questão de adequação da Arena da Baixada para a Copa do Mundo 2014, Petraglia se disse insatisfeito com “informações desencontradas”. A principal bandeira dele é que o estádio seja adequado ao caderno de encargos da Fifa com recursos do próprio Atlético.

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“Tal medida diminuiria o preço das obras”, diz. O custo estimado pelo clube é de R$ 220 milhões. Já um orçamento apresentado pelo ex-presidente – segundo ele de autoria do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) – aponta o preço de R$ 174,7 milhões. Desses, R$ 25 milhões seriam repassados à construtora escolhida pelo clube para realizar e administrar as obras. “A construtora não tem toda estrutura. Ela contrata as empresas para prestarem o serviço e lucra”, pontuou.

O ex-presidente defendeu que, pelo apoio do município e do governo (que já doaram R$ 90 milhões em títulos de potencial construtivo) e com as isenções de impostos, é mais vantajoso ao Atlético investir agora na adequação de seu estádio aos encargos da Fifa do que simplesmente terminá-lo com base no projeto original.