A presença de Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Athletico, na área de imprensa da Arena da Baixada, horas antes do primeiro jogo da final da Copa do Brasil, chamou a atenção dos jornalistas. Na quarta-feira (11), o Rubro-Negro venceu por 1×0 o Internacional nos primeiros 90 minutos da decisão, que vale um título inédito para o Furacão. O mandatário, que já se manifestou publicamente sobre não concordar em conceder entrevistas, circulou pelo espaço e também falou exclusivamente com o jornalista Juliano Moreira, da Rádio Sagres, de Goiânia. O veículo do centro-oeste conta em sua grade com o programa Feras do Kajuru, do senador de Goiás, Jorge Kajuru. Quando abordado por diversos outros veículos comunicação de Curitiba, Petraglia se recusou a falar.

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Para a rádio de Goiânia, Petraglia fez uma análise sobre o mercado do futebol. Para ele, tanto a capital de Goiás como Curitiba, não têm a capacidade de comportar muitos times de alto nível competitivo. “Assim como em Curitiba, não cabem três ou quatro clubes de primeira grandeza em Goiânia. No máximo dois, ou apenas um. Não tem mercado, não tem dinheiro. Futebol ficou muito caro. Não tem como cobrar caro o ingresso e a população não tem como pagar”, disparou.

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O mandatário reforçou que esse já é um discurso antigo de sua parte e usou o exemplo da atual situação dos demais times da capital paranaense para exemplificar como não há espaço para outros times grandes. “Na primeira divisão, os clubes vão faturar 300, 400, 500 milhões por ano. Como que Goiânia vai ter essa riqueza para alimentar dois ou três clubes? É impossível. Assim como em Curitiba. Eu sempre disse que aqui não caberiam três clubes de primeira grandeza. Estamos vendo aí. Temos um na primeira (divisão) e dois na segunda”, detalhou.

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Questionado sobre como conseguiu construir um estádio de nível europeu para os torcedores atleticanos, Petraglia disse que viu a oportunidade passar e embarcou em um ‘trem bala’ rumo aos avanços do clube. “Com o advento da Copa do Mundo nós vimos a oportunidade que eu chamava de ‘trem bala do futebol brasileiro’. Quem embarcasse, viajaria na velocidade. Fizemos um trabalho forte para que Curitiba fosse sede dos jogos da Copa do Mundo e que, consequentemente, fosse no nosso estádio”, disse.

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O mandatário falou no acordo em que o Athletico ficou responsável por 33% dos custos do novo estádio, enquanto o Governo do Estado  e Prefeitura outros 33% cada. Ele também deixou claro que nas obras da nova Arena os cartéis das empreiteiras – que anos depois foram descobertas pela Lava Jato – não atuaram.

“Com essa oportunidade tivemos a participação do Governo Estadual e do Governo Municipal, com um terço para cada um, tripartite. Com esse dinheiro construímos o melhor estádio e o mais barato, mais bem construído porque foi feito por nós mesmos. Não permitimos que o cartel das empreiteiras participasse do nosso. Nós aproveitamos a oportunidade”, completou.

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Após conversar com o jornalista de Goiânia no corredor da área das cabines de imprensa, Petraglia foi abordado por alguns repórteres que o aguardavam. Porém, ele preferiu não conversar com a imprensa formada basicamente por veículos locais. “Não dou entrevistas. Você me convenceu em cinco minutos porque era para o nosso senador”, arrematou.