A Primeira Liga, criada e organizada pelos clubes, parece ter virado um campo de guerra entre os próprios organizadores. Na última terça-feira (14), representantes de todos os times que criaram a competição se reuniram no Rio de Janeiro, mas não se entenderam a respeito da edição de 2017 e foram embora muito insatisfeitos, tanto com as questões discutidas, como entre eles próprios.
O primeiro fator que incomodou os clubes foram as determinações da CBF, que aceitou o torneio, que em 2016 foi disputado em caráter amistoso, mas impôs que a competição tenha três datas em janeiro e o restante em fevereiro. Desta forma, a primeira rodada aconteceria no dia 18 de janeiro, apenas duas semanas depois de os times iniciarem a pré-temporada.
“Nós achamos, eu especialmente, que era inadequado. Seria 18, 25 e 29 de janeiro. Tenho certeza absoluta que a comissão técnica do Coritiba não aceita jogar nessas datas. A preparação é muito importante, muito intensa e não há condições físicas. Mas é sempre possível entrar em consenso”, disse Alceni Guerra, vice-presidente do Coritiba, em entrevista ao Globoesporte.com.
As equipes querem iniciar a Primeira Liga no final de janeiro e terminar no final de março. Ano que vem serão 16 times, divididos em quatro grupos, com os dois melhores avançando às quartas de final.
Outro problema que gerou todo o incômodo entre os representantes, foi a questão política. Mais precisamente, o presidente do conselho deliberativo do Atlético, Mario Celso Petraglia, que durante muito tempo discursou contra a CBF, tomando tempo da reunião e gerou um clima desconfortável entre os dirigentes.
Daqui duas semanas os clubes devem se reunir novamente na tentativa de aparar as arestas e chegar a um acordo a respeito do calendário.