Mais perigosa e tradicional prova do rali no mundo, a edição de 2017 do Rally Dakar chegou ao fim neste sábado com a confirmação do título do francês Stéphane Peterhansel entre os carros. Já na categoria UTV, os brasileiros Leandro Torres e Lourival Roldan fizeram história e faturaram a primeira conquista do País na história da prova.

continua após a publicidade

Como acontece tradicionalmente, a última etapa do Dakar serviu apenas para confirmar a conquista do líder. Peterhansel entrou no estágio na ponta e aproveitou os 64 quilômetros cronometrados, sem grandes desafios, para desfilar pelas ruas de Buenos Aires e garantir mais um título do rali.

continua após a publicidade

Esta foi simplesmente a 13.ª conquista de Peterhansel, uma das maiores lendas do rali em todos os tempos. O francês ainda confirmou ser um dos mais completos pilotos da história, já que faturou seu sétimo título do Dakar entre os carros após seis troféus entre as motos.

continua após a publicidade

Para faturar o título em 2017, Peterhansel precisou superar outro grande nome do rali. Durante boa parte da competição, o francês esteve atrás de seu compatriota e colega de Peugeot Sébastien Loeb, mas ganhou força nas etapas finais e confirmou mais uma conquista na carreira.

Neste sábado, Peterhansel entrou em cena com 5min32s de vantagem para Loeb. O veterano de 51 anos viu justamente seu maior rival ficar com a vitória na etapa, com o tempo de 28min55s, mas chegou na segunda colocação, apenas 19 segundos atrás, e confirmou a conquista.

Com o triunfo no estágio, Loeb ao menos garantiu a segunda colocação no geral. Ele ficou a 5min13s de Peterhansel, que completou o rali em 28h49min30s. A terceira colocação ficou com outro piloto francês da Peugeot, Cyril Despres, a 33min28s do campeão.

MOTOS – Se Peterhansel competiu neste sábado com uma mão no troféu, a tarefa do britânico Sam Sunderland entre as motos era ainda mais tranquila. Depois de liderar quase toda a competição, o piloto da KTM confirmou o seu primeiro título no Rally Dakar na última etapa.

Com uma vantagem confortável na liderança, o britânico garantiu o troféu mesmo sendo somente o sexto colocado da etapa, 1min42s atrás do vitorioso francês Adrian van Beveren, que completou o percurso em 30min29s. Ainda assim, terminou o rali com 32h06min22s, 32 minutos a menos que o segundo colocado Matthias Walkner, da Áustria.

Este foi o primeiro título da Grã-Bretanha no Dakar e ele só foi possível graças às quedas dos principais favoritos ao longo da competição. Toby Price precisou deixar a disputa depois de fraturar o fêmur em um acidente, enquanto Joan Barreda sofreu uma punição que lhe acrescentou uma hora no tempo total e o tirou da briga pelo título.

BRASILEIROS – Entre os UTVs, Leandro Torres e o navegador Lourival Roldan fizeram história neste sábado ao faturar o primeiro título do Rally Dakar para o Brasil. Eles garantiram a conquista mesmo terminando a última etapa apenas na terceira colocação, 4min11s atrás dos vencedores Maganov Ravil e Kirill Shubin, da Rússia.

São apenas oito duplas inscritas entre os UTVs, que é a sigla para Utility Task Vehicle. Em tradução literal, um “veículo utilitário multitarefas”. A grosso modo, um buggy, intermediário entre um carro e um quadriciclo. A base e o motor são de quadriciclo, mas o veículo tem uma “gaiola”, que protege o corredor tal qual um carro.

Os UTVs não chegam a ser novidade no Rally Dakar, mas eles eram uma subcategoria (T3.3) da classe T3, dentro da categoria carros. Este ano, pela primeira vez há uma categoria UTV, que teve apenas oito inscritos – mesmo número da T3.3 do ano passado.

Com o resultado deste sábado, Torres e Roldan completaram o rali em 54h01min50s, 4h42min34s à frente dos segundos colocados, os chineses Wang Fujiang e Li Wei.