Candidato à presidência do Palmeiras, Wlademir Pescarmona apresentou nesta quinta-feira um grupo de palmeirenses que formará um comitê empresarial que visa melhorar e dar maior credibilidade ao clube no mercado e, consequentemente, trazer maiores recursos para a instituição. Participaram também três de seus vices: Luiz Gonzaga Belluzo, Carlos Degon e César Maluco. João Gavioli, que também integra a chapa, não pôde comparecer.
O grupo de empresários é formado por Marcelo Castelli, presidente da Fibria; Leandro Scabin, da sorveteria Diletto; Carlos Grubisch, presidente da Eldorado Brasil, e Marcos Arnaldo Silva, diretor e ex-presidente da Repsol. Também fará parte do projeto, mas não compareceu ao evento por não estarem no Brasil, Miguel Nicolelis, médico e cientista brasileiro, que foi considerado um dos 20 maiores cientistas do mundo no começo da década passada, segundo a revista “Scientific American”, e Venilton Tadini, presidente do banco Fator.
Durante o encontro, o grupo explicou que pretende ajudar usando seu nome para atrair empresas e dará uma espécie de consultoria executiva administrativa, constitucional, financeiro e, claro, no futebol. A ideia é usar a credibilidade dos empresários para atrair empresas interessadas em investir no clube. Eles não vão interferir na questão técnica, como acontece, por exemplo, no comitê criado na equipe do Santos.
Eles prometeram que não irão colocar dinheiro do bolso, como fez o atual presidente, Paulo Nobre, que já emprestou cerca de R$ 130 milhões ao clube. O ex-presidente Belluzzo, condenou a atitude. “Não acho apropriado. É uma prática patrimonialista, no pior sentido. Não quero que isso se torne uma crítica ao Paulo Nobre. As receitas caíram verticalmente de 2011 para cá. Mas a questão é não colocar dinheiro próprio, mas sim, buscar fontes em uma gestão profissional”, disse o candidato a vice.
A eleição do Palmeiras vai acontecer no fim de novembro e a data ainda não foi oficializada, mas deve acontecer no dia 29. Além de Pescarmona, participarão da eleição o atual presidente, Paulo Nobre, e Luiz Carlos Granieri. Antes, na próxima segunda, haverá o filtro do Conselho Deliberativo. Pelo menos 15% dos conselheiros (algo em torno de 42) precisam aceitar que as chapas concorram ao pleito. Os três acreditam que passarão pelo filtro sem dificuldades.