A seleção brasileira começa nesta segunda-feira à tarde, no CT do Corinthians, os treinos para os dois próximos compromissos das Eliminatórias Sul-Americanas com foco na chance de garantir a vaga na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, antecipadamente.
O técnico Tite faz as contas. Tudo depende muito dos outros resultados, mas, se conseguir vencer ao menos um dos jogos, praticamente assegura lugar em mais um Mundial, sendo que nunca ficou fora de nenhuma edição da principal competição do futebol do planeta. Na quinta, o confronto é com o Uruguai, em Montevidéu.
Dia 28, uma terça-feira, o time recebe o Paraguai na Arena Corinthians, em São Paulo, com mais de 30 mil ingressos já vendidos para o confronto.
A projeção das últimas Eliminatórias aponta que o Brasil precisaria de apenas um empate nas duas partidas. Ela se baseia no histórico da competição desde que ela passou a ter o formato atual, com as equipes em jogos entre si em dois turnos. Foram cinco edições concluídas desde a adoção deste regulamento, usado pela primeira vez para a Copa da França, em 1998.
Em todas as Eliminatórias passadas, o “manual de instrução” para se chegar ao Mundial foi parecido. A média histórica do quarto colocado, o último país a garantir vaga direta na disputa, foi de 53% de aproveitamento. Isso equivale a 28 pontos, exatamente um a mais do que o Brasil tem atualmente.
Na única vez em que foi necessária campanha superior, a diferença foi pouca: 30 pontos, obtidos pelo Paraguai em 2002.
O desafio de Tite é não deixar a seleção se acomodar na disputa. A vantagem na liderança é confortável. Mesmo se perder para o Uruguai (segundo colocado), o Brasil se manterá no topo, pois está quatro pontos à frente dos próprios uruguaios, vice-líderes do qualificatório sul-americano. Equador e Chile, com 20 pontos cada, figuram respectivamente na terceira e quarta posições, enquanto a Argentina vem logo atrás, com 19, e hoje teria de disputar uma repescagem para garantir vaga na Copa.
Rival dos Brasil no Itaquerão no próximo dia 28, o Paraguai é apenas o sétimo colocado, com 15 pontos, três atrás da Colômbia, a sexta na tabela, que ainda tem Peru (14 pontos), Bolívia (7) e Venezuela (5) nas três últimas posições.