Perto de alcançar números de Gustavo Kuerten no tênis mundial, Marcelo Melo comemora a melhor temporada da carreira no circuito. O ano de 2017 vai ficar marcado na carreira do duplista como o período em que realizou o sonho de conquistar Wimbledon e retornou ao topo do ranking. Agora, prestes a iniciar a pré-temporada, ele já projeta novos feitos para 2018 e elege os torneios de Grand Slam como seus maiores alvos para o novo ano.

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“Foi o melhor ano da minha carreira. Terminei na liderança tanto na lista individual do ranking quanto no de duplas. E realizei o sonho de vencer Wimbledon. Foi uma temporada especial”, afirmou o tenista mineiro, nesta quarta-feira. “Em 2015, quando eu cheguei à posição de número 1 do mundo, eu disse que seguia em constante evolução. E eu pude mostrar isso neste ano.”

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Para 2018, Melo não esconde que a meta é voltar a vencer um Grand Slam e conquistar pela primeira vez o ATP Finals, torneio no qual já tem dois vice-campeonatos. “Claro que eu gostaria de ganhar mais um Grand Slam, ficaria muito feliz, independente de qual seja. Se fosse Wimbledon de novo, ficaria extremamente feliz. No Masters 1000, poderia ser um título que ainda não tenho.”

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Ao mesmo tempo, o brasileiro vai tentar repetir a grande campanha exibida ao longo de 2017, ano em que conquistou seis títulos (sendo três deles de nível Masters 1000) e disputou dez finais, todas ao lado do polonês Lukasz Kubot. Ele e Melo fizeram neste ano a primeira temporada completa juntos, após competirem em outros torneios pontuais nos anos anteriores.

“Agora vamos tentar manter este mesmo nível para continuar evoluindo no circuito, é o nosso principal objetivo como dupla. Se conquistarmos mais um Slam e algum Masters 1000, ficaríamos muito felizes. E, naturalmente, nos levaria ao ATP Finals, que ainda é um troféu que buscamos”, declarou.

COMPARAÇÃO COM GUGA – Com os feitos obtidos neste ano, Melo ampliou seus números positivos no circuito e já consegue vislumbrar algumas marcas de Gustavo Kuerten. Mesmo considerando as diferenças entre o jogo de simples e o de duplas, o mineiro igualou o número de torneios conquistados pelo catarinense. Ambos somam 28 troféus no circuito profissional. Melo levou todos nas duplas. Guga faturou 20 em simples e oito nas duplas.

O tenista de Minas soma agora dois títulos de Grand Slam, contra três do compatriota. Porém, leva vantagem nos Masters 1000: 8 contra 5. Na liderança do ranking, Melo está perto de alcançar o catarinense. Ele tem 32 semanas na primeira colocação nas duplas. Guga foi líder de simples em 36 semanas.

Apesar da proximidade dos números, Melo tenta evitar as comparações. “É muito importante frisar que o Guga fez tudo em simples. Claro que há diferenças entre simples e duplas. Mas, no final das contas, somos todos tenistas. Para mim, já é especial ser colocado na mesma frase que o Guga ou ser comparado a ele”, afirmou.

No entanto, o mineiro fez questão de destacar que as duplas estão muito mais valorizadas do que eram há dez anos. “Hoje as duplas estão muito mais competitivas. E isso porque a ATP criou condições para o jogador de simples jogar também nas duplas. No Torneio de Halle (Alemanha), por exemplo, enfrentamos em quase todas as partidas jogadores de simples, como Kei Nishikori e Roberto Bautista Agut”, afirmou.