Se perder uma eleição já é duro, não ter um voto sequer nas urnas chega a ser humilhante. A desagradável experiência desnorteou o ex-diretor da CBF Moacir Peralta, que fez declarações contraditórias após o resultado da eleição da Federação Paranaense de Futebol.

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O candidato que dizia ter respaldo de Ricardo Teixeira e ser amigo do presidente da Fifa, Joseph Blatter, mostrou amargura em algumas entrevistas. Ele disse que os eleitores não foram sinceros e que presidentes de clubes e ligas trocaram votos por agrados de baixo valor material. Falou ainda que não entrou na disputa pra valer, lamentou que alguns eleitores seus não chegaram a tempo e disse ter sido exposto a uma situação ?ridícula?.

Mais tarde, mudou a versão e disse ter liberado os eleitores para votarem em quem quisessem. ?Abdiquei da eleição quando vi o rolo compressor por parte do presidente eleito e do outro candidato (Rafael Iatauro). Fiquei assustado e preferi protegê-los de uma situação desagradável?, disse Peralta, garantindo que tinha de 18 a 22 votos certos. Questionado da validade da suposta ?proteção? mesmo com o voto secreto, rebateu. ?Os números denunciariam quem votou em quem. Meus eleitores escolheram o voto secreto e depois migraram naturalmente para o Hélio?, falou.

Peralta afirma ter recebido proposta para trabalhar na Confederação Sul-Americana, mas diz preferir o afastamento do futebol por estar ?cansado?.

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