A torcida do Corinthians gosta de dizer que “caiu em Itaquera, já era”. A frase tem se encaixado perfeitamente até agora para o São Paulo, adversário deste domingo, às 17 horas, pela quarta rodada do Campeonato Paulista. Nenhuma equipe sofreu mais no estádio Itaquerão do que o time tricolor desde a inauguração da arena, em 2014. Em três jogos, foram três vitórias corintianas, com 11 gols marcados e apenas três sofridos.

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O último confronto entre as duas equipes no Itaquerão foi histórico e ainda está fresco na memória dos torcedores dos dois times. No dia 22 de novembro do ano passado, o Corinthians goleou o São Paulo por 6 a 1, pelo Campeonato Brasileiro. Foi a maior vitória do clube alvinegro sobre o rival em mais de oito décadas de confronto.

Para manter o ótimo retrospecto diante do São Paulo em casa, o Corinthians aposta mais uma vez na força da sua torcida. Até a última sexta-feira foram vendidas 33,5 mil entradas. Os ingressos para os setores mais baratos (Norte, Sul e Leste Superior e Inferior) já estão esgotados.

Por causa da estreia na Copa Libertadores, nesta quarta-feira, diante do Cobresal, no Chile, o técnico Tite vai escalar um time misto. Na lateral esquerda, por exemplo, Uendel vai ganhar descanso e será substituído por Guilherme Arana. No ataque, Romero e Danilo também terão folga. Para completar, Elias, que se recupera de uma pancada na perna esquerda, sequer foi relacionado e irá desfalcar o time corintiano pelo segundo jogo consecutivo.

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Mas nem mesmo o fato de Tite poupar alguns titulares diminuiu a confiança de nova vitória sobre o São Paulo. Na goleada por 6 a 1 do ano passado, o treinador também escalou vários reservas e o time conseguiu se impor diante do adversário.

Tite, no entanto, adota a cautela e diz que não há semelhanças entre o confronto do ano passado e o deste domingo. O treinador faz questão de ressaltar que a Libertadores contribui para tirar o peso do clássico. “É preciso deixar o histórico de lado. Vitórias importantes aconteceram, mas agora é outro momento. Estamos em um processo de crescimento e temos Libertadores logo na sequência”, disse.

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O São Paulo evitou falar nos últimos dias em revanche daquela goleada. Porém é inegável no elenco a vontade de conseguir um bom resultado no primeiro clássico do ano, já que na temporada passada a equipe teve um desempenho ruim diante dos rivais e foi goleada por todos eles. “A motivação é maior para o clássico. Quando vai chegando o jogo o atleta se motiva de uma maneira única. É um compromisso diferente”, disse o técnico Edgardo Bauza.

O argentino não deu pistas sobre a possível escalação e fechou os dois últimos treinos do São Paulo. O único desfalque confirmado é o zagueiro Breno, com tendinite no joelho direito. No setor, aliás, está a grande dúvida porque Rodrigo Caio atuou em todas as partidas até agora e, se for poupado, forçará o treinador a montar a zaga com os garotos Lyanco e Lucão.

No ataque, o argentino Calleri deve ser poupado e Alan Kardec ainda se recupera de amidalite. A chance pode ficar com Kieza para atuar como centralizado no setor. Rogério, autor do gol contra o Universidad Cesar Vallejo, do Peru, pela Libertadores, na última quarta-feira, deve receber uma chance.

Dono da melhor campanha no Paulistão, o Corinthians confia numa vitória contra o São Paulo para manter a moral alta para a estreia na Copa Libertadores, quarta-feira, contra o Cobresal, no deserto do Atacama, no Chile.