Um anúncio feito pelo empresário Wagner Ribeiro – via twitter – agitou os bastidores do Paraná Clube. Ribeiro, que conta em seu “cast” com jogadores do porte de Neymar (Santos) e Lucas (São Paulo), passou a gerenciar as carreiras dos netos de Pelé. Otávio, 12 anos, e Gabriel Felinto, 10, a partir de julho trocarão o Tricolor pelo São Paulo.
A questão que, na avaliação do advogado do Paraná, Alessandro Kishino, só ganhou repercussão pelo fato de se tratar dos netos do Rei. “Isso é algo corriqueiro no futebol. A todo momento meninos trocam de clube. Nesta idade, não há nenhum impedimento legal”, explicou Kishino. Os atletas só podem assinar o primeiro contrato profissional a partir dos 16 anos. Antes disso, não há vínculo. “A partir dos 14 anos, é possível fazer um contrato de aprendizado, válido por dois anos. Mas nem mesmo isso impede que o jogador saia do clube quando bem entender”, justificou Kishino.
Otávio ganhou projeção por conta de um golaço marcado no sub-13, quando “chapelou” o zagueiro adversário e, de cabeça, encobriu o goleiro. O vídeo postado no Youtube despertou o interesse de muitos, pela semelhança a muitos dos gols marcados pelo avô do garoto. Na verdade, Pelé não tem nenhum contato nem com Otávio nem com Gabriel Felinto. Eles são filhos de Sanda Regina Arantes do Nascimento Felinto, falecida em 2006. Ela só foi reconhecida por Pelé, em 1996, após exame de DNA.
Segundo Wagner Ribeiro, os meninos se transferirão para o São Paulo a partir de julho, nas férias escolares. Ao Paraná, restará, pela legislação, uma pequena fração “desprezível”, na avaliação do advogado Alessandro Kishino, como clube que participou da formação de Otávio. Já em relação a Gabriel, de apenas 10 anos, o Tricolor não terá direito a absolutamente nada. “São garotos que estão nas nossas escolinhas, assim como já passaram pelo Atlético. Isso é algo absolutamente comum no futebol”, arrematou Kishino.