Pelé volta ao Santos para campanha por mais sócios

O Santos anuncia a contratação de Pelé, com o slogan O Rei Voltou, nesta quarta-feira, às 12 horas, no Salão de Mármore da Vila Belmiro. Mas o retorno do maior jogador de futebol de todos os tempos não será para vestir a camisa 10 do time que tornou célebre na provável decisão do Mundial de Clubes, em dezembro, contra o Barcelona, da Espanha, como sonhou o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.

E nem mesmo para dar o pontapé inicial na eventual histórica partida ou simplesmente para ser o seu torcedor mais ilustre presente no Japão. O Rei foi contratado como pessoa jurídica e vai formar dupla com Neymar fora de campo, na campanha Multiplicação dos Peixes, que visa aumentar em 10 anos de 23 mil para 100 mil o número de sócios do clube, além de emprestar o prestígio da sua marca para atrair investidores dispostos a participar de um fundo de R$ 40 milhões.

“O contrato de Pelé terá a duração de um ano e com opção de renovação por mais um”, disse, nesta terça, José Fornos, empresário de Pelé há 40 anos. Ele explicou que o Rei não vai viajar ao Japão para prestigiar a tentativa do Santos de conquistar a terceira estrela (referente ao terceiro título mundial) por falta de data na sua agenda.

Pelé retorna ao Santos 12 anos depois do encerramento do seu último contrato com o clube como coordenador do departamento de futebol amador, na última gestão de Samir Abdul-Hak, antes da eleição de Marcelo Teixeira, em dezembro de 1999. Como assessor especial da presidência, ele participou, em 1994, do grupo que se cotizou para contratar o meia Giovanni, que foi o maior ídolo santista dos anos 90 do século passado.

Em 1998, Pelé pediu para que o presidente o contratasse, com um salário simbólico, para cuidar da formação de novos talentos, uma ideia que vinha adiando há anos. Duas vezes por semana, o Rei assistia às peneiras que eram realizadas no campo 1 do Centro de Treinamento Rei Pelé e dava o seu aval na aprovação dos futuros craques. Em uma delas, ficou impressionado com um negrinho de canelas finais, veloz e com facilidade para driblar. Parou o treino, entrou em campo e perguntou ao garoto o nome dele, quis saber onde morava, se estava estudando e pediu informações sobre os seus pais.

“Quando vi aquele menino com a bola, a primeira lembrança que veio à minha cabeça foi a minha chegada ao Santos”, disse o Rei, visivelmente emocionado. Era Robinho, que passou a ter atenção especial de Pelé e, quatro anos depois, se tornava a principal estrela da geração 2002 que tirou o Santos da fila de 18 anos por um título expressivo. Agora Pelé volta, com novas missões.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo