Pelé quer uma “revanche” contra o Uruguai, o algoz da Copa de 1950. Na noite deste domingo, em São Paulo, ele participou de um evento da Fifa e foi questionado se temia enfrentar a Argentina numa eventual final da Copa. “Eu prefiro jogar contra o Uruguai. Assim teremos nossa chance de revanche”, afirmou.

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Apesar do desejo de dar o troco no Uruguai, Pelé adotou um tom bem menos ufanista que alguns dos membros da comissão técnica da CBF ao falar da seleção. Para ele, não haverá jogo fácil na Copa e as dificuldades que o Brasil enfrentou contra a Sérvia em seu último amistoso podem ser um recado para que a seleção entenda que terá de superar sérios obstáculos para ser campeão. “Tivemos dificuldades (no amistoso). Não é tão fácil”, alertou. “Não vai ter jogo fácil nesta Copa”, insistiu o ex-jogador.

Pelé admitiu que o País tem “um bom time” e que é um dos favoritos. Mas tentou tirar a pressão da equipe. “O Brasil não tem a obrigação de ganhar a Copa”, disse Pelé. “O Brasil tem a obrigação de jogar bem. Mas a pressão é muito grande”, explicou.

Ele ainda defendeu que o Brasil entre em campo com humildade. “Temos de respeitar a todos”, declarou. “O futebol é sempre imprevisível. Você pode jogar bem por 85 minutos e, em cinco minutos, perder o jogo. Por isso tempos de entrar em campo respeitando a todos”.

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O ex-jogador também destacou o papel do técnico Luis Felipe Scolari na equipe, principalmente diante do trabalho de assumir a responsabilidade pelo sucesso ou pelo fracasso do grupo e de absorver parte da pressão. “Só o fato dele assumir já é uma grande coisa. Temos que dar confiança à equipe”, concluiu.