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Enquanto o documentário "Pelé Eterno", que relata sua vida, ainda está em exibição nos cinemas pelo mundo, Pelé vai amadurecendo a idéia de escrever o roteiro e produzir um filme sobre algo que o deixa "indignado": a corrupção no futebol brasileiro.

"Queria fazer uma coisa bonita com as torcidas e mostrando que nosso futebol não vai para a frente por causa da falta de profissionalismo na administração dos clubes", revelou Pelé, ontem, em Nova York, onde está para acompanhar a exibição de "Pelé Eterno" numa mostra no Museu de Arte Moderna (MoMA).

Chateado por não ter conseguido, quando era ministro dos Esportes, aprovar uma lei que obrigasse os clubes e seus diretores a prestarem contas sobre sua renda, "como todo mundo faz", Pelé está triste com a atual situação do futebol brasileiro. "Todos os clubes de nome tiveram fortunas de dinheiro na mão, venderam jogadores e estão falidos. Isso porque o dinheiro desaparece!", explicou.

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A agenda lotada de compromissos não permite que Pelé encontre tempo suficiente para desenvolver a idéia do filme. Mas ele até já esboçou uma sinopse com Aníbal Massaini, o mesmo diretor de "Pelé Eterno".

Um dos pontos principais do roteiro, conforme ele deixa transparecer, é a manutenção de um ídolo da torcida no time em que ele joga. "Dentro do campo, o futebol brasileiro é sem dúvida o melhor do mundo. Todo ano aparecem novos craques. Mas, infelizmente, não se consegue mantê-los nas equipes ou no Brasil. Se os times grandes fossem bem administrados…", afirmou Pelé.

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