Pelé concedeu mais uma entrevista coletiva nesta quinta-feira, aproveitando o clima pré-Copa para promover as marcas associadas a ele. Nesta manhã, ele foi ao Morumbi para apresentar a “Casa Pelé”, que vai contar com shows, exposição sobre a carreira do Rei do Futebol e transmissão dos jogos da Copa.
No evento, Pelé falou sobre as comparações entre Neymar e ele e avisou que são situações diferentes. “No meu primeiro Mundial, eu caí de paraquedas. Havia uma equipe muito experiente, com jogadores como Gilmar, Didi, Nilton Santos e Zagallo. Entrei como coadjuvante. Era uma situação bem diferente da do Neymar, que jogará a Copa com 22 anos”, destacou o Rei do Futebol, que lembrou, porém, que “não podemos deixar todo o peso nas costas do Neymar para que ele resolva”.
Em entrevista à Rádio Estadão, disse que os atrasos nas obras dos estádios para a Copa são “frustrantes”. “Ganhamos o direito de ter a Copa do Mundo há seis anos, eu estava lá. Agora, a uma semana, duas semanas do evento, as arenas da Copa não estão completas. Mas se Deus quiser, vai dar tudo certo”, disse Pelé.
Nesta semana, o Rei do Futebol afirmou também que os protestos e os próprios atrasos das obras devem afastar os turistas do Brasil. Na ocasião, Pelé afirmou que 25% dos estrangeiros já desistiram da viagem ao País.
De resto, Pelé repetiu afirmações que já havia feito em outros eventos. Disse, por exemplo, que “os jogadores não podem ser vaiados ou criticados porque tem excesso de gastos nos estádios”, pedindo apoio à seleção, “que não tem nada a ver com a corrupção política.”
Ele mais uma vez criticou o ataque ao comentar o padrão de jogo imposto por Felipão. “É a primeira vez na história que o Brasil entra numa Copa com uma defesa tão maravilhosa, organizada. Do meio para frente, ainda existem algumas dúvidas. O Hulk, por exemplo, é um jogador de muita força, uma espécie de Vavá da minha época. Mas ainda precisa acertar coisas. Ninguém ganha uma Copa do Mundo com apenas uma estrela.”