Lausanne – Pelé ainda vacila para aceitar o convite da CBF para participar da campanha que tenta organizar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O presidente da entidade, Ricardo Teixeira, tenta convencê-lo a participar do projeto, mas o ex-jogador teme que eventuais problemas relacionados à administração do dinheiro envolvido afetem sua imagem.

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Em Lausanne, na Suíça, onde esteve ontem para participar do lançamento de um fundo internacional para investimento em jogadores do futebol brasileiro, Pelé comentou sobre a sua possível participação na organização da Copa de 2014.

?O Brasil tem todas as condições de sediar uma Copa, mas não sacrificando o povo?, disse Pelé. Para ele, empresas devem participar do projeto para não onerar os gastos públicos.

Nova Brasília

Estimativas feitas pela CBF e passadas aos assessores de Pelé apontam que apenas a construção e renovação de estádios para o mundial em 2014 custariam US$ 2 bilhões. Isso sem contar as obras de infra-estrutura que serão necessárias no País.

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Segundo pessoas ligadas a Pelé que estiveram em contato com a CBF, a própria entidade reconhece que organizar o mundial de 2014 exigirá investimentos equivalentes à construção de uma ?nova Brasília?.

Por isso, Pelé deseja colocar certas condições para sua participação no projeto da Copa de 2014. Uma delas poderia ser a criação de um comitê com personalidades brasileiras, o que proporcionaria um maior controle sobre a forma pela qual os recursos serão usados.

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Uma reunião entre Ricardo Teixeira e Pelé deverá ocorrer em março.

Fundo investirá em jogadores

Lausanne – Com o nome de ?Campus Pelé?, foi lançado ontem, na Suíça, um fundo internacional para investir em jogadores do futebol brasileiro. A idéia é encontrar e formar novos talentos no Brasil para negociá-los com o mercado internacional.

A previsão é de captar US$ 30 milhões para o fundo, sendo que quase metade disso já foi conseguido. Além de ceder seu nome, Pelé vai participar do projeto com orientação e supervisão dos jogadores que forem sendo formados.

No Brasil, os jogadores do fundo devem começar pelo Paulista, de Jundiaí. E na Europa, a porta de entrada deles será o time do Lausanne FC, na Suíça.