A possível decisão das chapas derrotadas de tentar impugnar as eleições no Coritiba pode acabar com uma possível união de todos os candidatos. No primeiro discurso como novo presidente, Samir Namur ressaltou que iria buscar conversar com João Carlos Vialle e Pedro de Castro, apesar das trocas de críticas e acusações entre eles durante as campanhas.
“É importante a gente citar que parece que algumas pessoas, a minoria, têm uma espécie de dupla personalidade. É uma pessoa aqui, mas nas redes sociais são outras. Falo isso magoado com a quantidade absurda de ataques que sofri. Falo isso por um motivo muito importante. Tenho certeza que todos aqui, assim como eu, por amarmos um ideal, estamos dispostos a perdoar todos que nos atacaram, assim como eles também vão nos perdoar. E que esse perdão sirva de aprendizado para todos nós, de como proceder nos próximos anos”, afirmou Namud.
“Através desse perdão, que sirva como uma espécie de convocação para um período que inicia desde já com diálogo, com entendimento. O resultado foi extremamente apertado. As três chapas fizeram uma votação expressiva, o que mostra que não existe outro caminho que não seja o diálogo e o entendimento. Serei o que mais darei o exemplo de diálogo e entendimento. Podem me cobrar e contem comigo”, completou.
Antes mesmo do final da votação, o ex-presidente do Coxa, Vilson Ribeiro de Andrade, que apoiou Pedro de Castro, havia afirmado que, independentemente do vencedor, era necessário unir forças para o bem do clube.
“O Coritiba terá o maior orçamento da Série B em 2018. Vão ter que ter um entendimento, na administração, de coalizão para ajudar essa nova gestão”, destacou ele.
Outro ex-mandatário do clube, João Jacob Mehl, que apoiou Vialle, adotou o mesmo discurso e reforçou a necessidade da experiência para gerir o Alviverde. “Espero que chamem os outros para ajudar”, afirmou.